Dê uma olhadinha nas “celebridades” nas fotos abaixo e tente reconhecê-las. Você provavelmente deve notar algumas semelhanças com vencedores do Oscar e outros nomes famosos que já pisaram o tapete vermelho de Hollywood. Só que não vai identificar ninguém com absoluta certeza: isso porque essas pessoas não são reais, foram criadas por um computador.
Cada grande empresa vem realizando seus experimentos com a rede neural digital para treinar uma máquina de aprendizado da inteligência artificial (ou artificial intelligence — AI) em prol de suas atividades. No caso da fabricante de placas de vídeo Nvidia, a equipe vem testando um sistema capaz de gerar sozinho um conteúdo muito semelhante ao real, a partir de uma série de exemplos, enquanto os resultados são avaliados pela própria máquina, que precisa definir se eles são naturais ou artificiais.
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O projeto chama-se Generative Adversarial Network (GAN) e o propósito dos estudos é fazer com que a AI precise cada vez menos dos humanos ao produzir esquemas, ambientes e estruturas virtuais. “A principal ideia é evoluir tanto o gerador quanto o discriminador de forma progressiva: começamos com modelos em baixa resolução e adicionamos camadas que aprimoram os detalhes à medida que o treinamento progride. Isso agiliza e estabiliza o experimento, permitindo que possamos produzir imagens de qualidade sem precedentes”, comentam os pesquisadores.
Como funciona o experimento
A Nvidia aproveitou a biblioteca CelebFaces Attributes — que contém nada menos do que 200 mil imagens com 40 diferentes classes de atributos — e usou o poder combinado o software de modelagem gráfica CUDA, com a poderosa inteligência artificial Tesla P100 e a máquina de aprendizado cuDNN para processar 30 mil imagens em 20 dias.
Primeiro eles começaram com fotos em JPEG e otimizaram a qualidade de cada amostra. Depois eles refletiram e filtraram os modelos para depois fazer uma densa varredura sobre cada elemento dos rostos das celebridades. Depois, cortaram componentes desnecessários e partiram para o “novo desenho” com resolução em 1024 x 1024 pixels.
Tá certo que muitos dos resultados e algumas das figuras em construção poderiam muito bem fazer parte do pesadelo de qualquer cidadão de bem, mas a conclusão promissora pode levar a projetos mais ambiciosos em um futuro no qual já se espera que a AI vá gerar mundos digitais completos sem a ajuda dos humanos.
Confira abaixo o vídeo:
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