Os dispositivos wearable já conquistaram o mercado brasileiro, com cada vez mais funções em relógios, pulseiras e outros equipamentos vestíveis. E, apesar de trazerem muitas possibilidades para os consumidores, um dos campos em que isso está mais evidente é o dos equipamentos voltados aos esportistas.
Pulseiras fitness que medem passos e ritmo cardíaco são grandes auxílios para os iniciantes. Enquanto opções como o Apple Watch e dispositivos com Android Wear tem “funções fitness”, há também modelos pensados diretamente nos esportistas e que trazem funções ainda mais completas.
Mas o que faz um relógio inteligente se tornar perfeito para os atletas? Confira abaixo 7 recursos mais importante para a prática de esportes!
1. Relatórios de atividades
Se existe algo obrigatório para os relógios fitness, é a criação de relatórios de atividades. Um smartwatch para esportistas deve ser capaz de identificar as movimentações dos consumidores para fazer com que os registros sejam o mais próximos da realidade. Com isso, os usuários podem ter acesso a distâncias, velocidades, batimentos cardíacos e queima de calorias, por exemplo.
Com o bom uso dos registros, é possível fazer análises mais completas de desempenho — algo que pode ser discutido com treinadores a qualquer momento. Para que anotar desempenho individual de cada atividade física se um aparelho pode fazer as análises e comparações automaticamente?
(Amazon/Amazfit/Divulgação)
O Amazfit Balance, por exemplo, é uma ótima pedida nesse sentido. Ele é equipado com um software de medição de pressão arterial que, além de medir a pressão arterial pelo relógio, também fornece um gráfico de fácil compreensão sobre as tendências e alterações de pressão arterial do usuário.
Com ele também é possível monitorar funções fisiológicas, como frequência cardíaca, oxigênio no sangue, sono, estresse e composição corporal BIA. Isso graças ao sistema operacional Zepp OS 3.0, focado em saúde e capaz de fornecer dados mais precisos e abrangentes.
2. Tracking por GPS
Apple Watch Series 2
Logo, ter um smartwatch esportivo que não conta com um GPS independente pode não ser a melhor escolha. Portanto, é claro que o smartwatch perfeito traz esse tipo de sensor embutido e permite que as atividades físicas sejam realizadas sem qualquer smartphone para atrapalhar — eles são ótimos em grande parte do tempo, mas realmente atrapalham os atletas.
3. Totalmente à prova d’água
Um atleta de verdade não se importa com as condições climáticas. No vento, no sol ou na chuva, todo dia de treinamento deve ser levado a sério. E não dá pra esperar passar a chuva pra fazer o tracking das atividades, por isso é essencial que os relógios esportivos sejam completamente vedados contra água — considerando ainda que eles não devem ser afetados pelo suor, não é mesmo?
Nos casos de nadadores e triatletas, isso fica ainda mais evidente. Afinal de contas, é preciso fazer registros de todas as atividades, e não apenas de algumas pedaladas ou corridas.
4. Conexão com a internet
Quando surgiram no mercado, os smartwatches eram basicamente limitados à conexão Bluetooth para sincronizar informações com os smartphones. Sabe o que isso significa? Que atletas precisavam estar sempre com seus celulares ao alcance da conexão para que as sincronizações pudessem ser feitas — e isso excluía a possiblidade de ter notificações quando o atleta decide deixar o celular em casa.
O Moto 360 Sport conta com conexão WiFi
Esperar que todos os relógios esportivos tenham conexão 4G é demais — apesar de o Apple Watch já fazer isso em sua terceira geração. Por outro lado, conexões WiFi independentes já são uma realidade e realmente ajudam em vários momentos. Depois de uma pedalada de 50 quilômetros, que tal parar para tomar um café e ver o que aconteceu? É só conectar a alguma rede disponível.
Um smartwatch com conexão WiFi pode ser uma verdadeira mão na roda para os atletas que fazem longas distâncias
Com isso, além de ter acesso às notificações e tomar algumas ações de resposta e interação, é possível fazer o envio de dados da atividade para um treinador ou mesmo apenas para o relatório final de acompanhamento. Vale dizer que isso também traz habilitações para o pagamento mobile, por exemplo — e mais uma vez, o isotônico pós-treino está garantido.
5. Altímetro e barômetro
Este tipo de ferramenta é especialmente importante para ciclistas. Com barômetros ou altímetros um relógio pode determinar com muito mais exatidão a variação de altitude durante um exercício — algo que apps com conexão ao GPS já fazem, mas com anulação das margens de erro. Ciclistas de estrada e que competem em provas com muitas subidas podem encontrar neste recurso um grande aliado durante os treinamentos.
6. Sincronização com outros equipamentos e câmeras
Você consegue imaginar sistemas de telemetria como os da Fórmula 1 sendo aplicados a atividades físicas? Pois no futuro é bem possível que vejamos algo parecido. Em um ecossistema perfeito, sensores conectados a bicicletas e integrados a smartphones nos dariam dados em tempo real de desgaste das peças, saúde dos trocadores de marchas e muito mais.
A câmera TomTom Bandit tem GPS integrado; ser sincronizada a smartwatches poderia torná-la mais completa e os controles seriam facilitados
Para os corredores de plantão, imagine como seria um sistema com sensores nos tênis e que poderiam enviar informações para que você corrija a passada — melhorando a saúde dos seus joelhos, por exemplo. São muitas as possibilidades a serem exploradas pelos fabricantes ao redor do mundo.
Câmeras de ação também podem desfrutar disso. A TomTom, por exemplo, consegue integrar sua câmera a sensores para mostrar informações de atividades em tempo real e embutindo os dedos diretamente nas filmagens. Isso é bom? É sim... E só deve melhorar quando houver mais integração entre os equipamentos!
7. Bateria e preço
De nada adianta vermos tudo isso que acabamos de falar em um aparelho que não consegue se manter ligado por mais de duas horas. Logo, é essencial que as fabricantes invistam em dispositivos capazes de levar autonomia para pelo menos um dia de atividades físicas — que nos desculpem os ultramaratonistas e competidores do Ironman.
Os preços também ainda são fatores restritivos para a tecnologia dos smartwatches esportivos. Talvez a popularização deles traga resultados bons neste campo, mas ainda é cedo para dizer que isso vai realmente acontecer — até porque estamos falando de um segmento de nicho. Mesmo assim, não podemos deixar de dizer: o relógio esportivo perfeito precisa ser mais acessível.
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Você concorda com os recursos apontados neste artigo? Ou ainda falta algo para que um relógio esportivo possa ser considerado o instrumento perfeito para os atletas?