O PayPal é o sistema de pagamento online praticamente mais utilizado em escala mundial. Em plena segunda década de século 21, o meio de pagamento virtual é padrão em diversos estabelecimentos – e a quantidade aumenta muito graças ao PayPal, que definitivamente quer “acabar” com o dinheiro físico, ao menos no que depender de John Lunn, diretor-geral de desenvolvimento do sistema, que palestrou na Campus Party nessa quinta-feira, 30, e deu um panorama de como visualiza o futuro.
“Certamente sem o dinheiro físico. Quero acabar com ele. Temos um objetivo claro: descomplicar a vida do consumidor e eliminar intermediários”, informou o executivo em conversa com o Tecmundo no evento, onde Lunn mostrou o novo serviço PayPal Check-in.
Novo serviço, muitas ambições
A Campus Party 2014 foi palco para que Lunn demonstrasse o PayPal Check-in. O novo serviço, na verdade, já está no Brasil desde o final do ano passado, mas seu uso é limitado numa parceria com uma rede de cafés em São Paulo.
O aplicativo permite que o consumidor ganhe tempo ao deixar que ele faça um “check-in” num determinado estabelecimento e realize sua compra com antecedência com apenas alguns toques no smartphone. Tudo de antemão e sem frescuras.
(Fonte da imagem: TecMundo)
“A experiência se torna muito conveniente, faz com que o consumidor se sinta melhor. A ideia é dar praticidade de maneira universal. Eu mesmo já não uso dinheiro físico há muito tempo, todas as minhas transações são virtuais. É assim que vejo o modelo de negócios e sistema de pagamento no futuro”, ponderou Lunn em bate-papo com o Tecmundo.
Brasil na mira
Para trabalhar com o novo serviço, a empresa está aumentando a carteira de parceiros no Brasil, que foi o primeiro país da América Latina a receber o Check-in.
A empreitada, de acordo com Lunn, mostra uma “forte aproximação com o Brasil” e “é só uma questão de tempo até que as lojas e estabelecimentos tenham o PayPal como forma padrão de pagamento”. O executivo também defendeu o armazenamento de dados na nuvem e disse que o “dinheiro também deve estar lá”, descartando a necessidade do uso de carteiras físicas.
“Estamos operando aqui [no Brasil] com força total. O consumidor busca o quê? Conveniência? Uma experiência diferente? Facilidade na aquisição de produtos? Buscamos responder a todas essas questões e integrar o serviço [Check-in] onde for possível: nos serviços online de video games, lojas físicas, sites, restaurantes”, afirmou Lunn.
Em outras palavras, o futuro que o diretor do PayPal prega não foge muito da filosofia do século 21: a adoção absoluta do sistema digital.
Se as compras em sites já são hoje uma prática absolutamente comum, Lunn ousa mais e quer trazer ao consumidor o fim do dinheiro físico com a expansão global do PayPal.