Sergey Brin é o cofundador da Google, atual presidente da Alphabet e também um cara com um grande apreço por tecnologias aeronáuticas. Assim como Larry Page, a outra mente brilhante por trás do nascimento da gigante de buscas, ele também quer fazer um veículo voador – só que, como bom bilionário que ele é, não se trata de um aviãozinho ou de um drone: Brin quer fazer um dirigível. Na verade, o maior dirigível do mundo.
De acordo com uma matéria divulgada pelo The Guardian, o executivo está financiando pessoalmente a construção de uma aeronave de alta tecnologia que servirá para, entre outras coisas, participar de missões humanitárias e para a entrega de comida em locais remotos. Por outro lado, ele também servirá como um luxuoso “iate dos ares” para viagens intercontinentais para Brin.
O veículo está sendo construído em um hangar localizado em uma pista da NASA, longe dos olhos do público. A expectativa é que ele tenha algo em torno de 200 metros de comprimento, o que faz com que ele se torne a maior aeronave do mundo na atualidade – perdendo apenas para outros modelos da década de 30, como é o caso dos zepelins Hindenburg e USS Macon. O preço da "brincadeira" está estimado entre US$ 100 milhões e US$ 150 milhões.
Um dos engenheiros envolvidos com as primeiras fases do projeto, Igor Pasternak, acredita que o impacto da aeronave de Brin poderá ser tão grande no mercado de transporte de cargas quanto a internet foi para a comunicação. “Caminhões são apenas tão bons quanto as estradas que percorrem, trens só podem ir onde você tem trilhos e aviões precisam de aeroportos. Dirigíveis podem ir de A a Z sem precisar parar em qualquer lugar”, explicou.
LZ 129 Hindenburg, um dos maiores dirigíveis da história
É aí que entra a parte da tecnologia do possível titã dos ares do cofundador da Google: apesar de não ter que lidar com pistas de pouso, o empuxo pode ser um grande problema. Isso porque, ao liberar uma carga extremamente pesada, o esforço de compensação do veículo pode jogá-lo imediatamente para cima se não houver um contrapeso.
É por isso que o veículo de Brin vai utilizar um sistema de balões internos com gases para controlar a flutuação da aeronave, o que deve permitir que o dirigível consiga levar cargas para praticamente qualquer lugar no mundo. Ele será preenchido com hélio, já que, apesar de o hidrogênio ser mais leve e fornecer maior potencial de voo, ele é altamente inflamável.
Não há qualquer previsão de quando a aeronave ficará pronta para testar mas, de qualquer forma, vai ser meio difícil não enxergar o maior dirigível da atualidade (e uma das maiores aeronaves do mundo) andando por aí.
Fontes
Categorias