Como criar senhas seguras com códigos MUNGE

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A senha é um dos mecanismos mais importantes na área de segurança digital. Você a utiliza desde em páginas básicas, como fóruns, jogos de RPG, sites de compras online e redes sociais até para seus emails e sites de bancos. Ter uma senha muito óbvia e fácil de ser descoberta ao saber um pouco sobre você, portanto, é um péssimo negócio.

Ao evitar colocar sua data de aniversário, dígitos do número de telefone ou nomes de parentes próximos, entre várias outras escolhas simples, você protege seus dados e não corre tanto risco em ter suas contas acessadas por invasores indesejados. Às vezes, dependendo da capacidade do hacker, nem sequências de palavras simples podem sobreviver aos ataques.

O Tecmundo já publicou alguns artigos sobre o assunto, como um guia para senhas seguras e o melhor jeito de gerenciar seus códigos no computador. Ainda assim, nunca é demais falar sobre segurança virtual e proporcionar uma ajuda a quem não consegue montar uma senha que pode ser considerada o enigma perfeito.

Para isso, vamos conhecer e aprender sobre o sistema de código MUNGE, um dos grandes métodos para criar sequências que só você vai saber o que significam.

Mas o que é isso?

Antes de iniciar a criação de senhas com esse processo, nada mais justo do que saber do que se trata. O munge é um termo que significa o ato de criar um código seguro e forte através da substituição de caracteres.

A palavra, muitas vezes, surge como uma sigla para Modify Until Not Guessed Easily (“modificada até não ser adivinhada facilmente”, em tradução livre). Para isso, é utilizado um sistema de escrita que lembra bastante um método mais básico da linguagem l33t, o famoso código de substituição de letras.

A palavra é facilmente confundida com mung, outro termo da área da computação, que diz respeito ao ato de modificar a estrutura de algo até destruí-lo.

O processo de criação

Na maioria dos sites que exigem senhas, o código pode ser composto por três tipos de caracteres: letras (em caixa alta ou baixa), números e símbolos. O mais comum é utilizar apenas os dois primeiros, sem procurar teclas como “@”, “\” e “_”, por exemplo.

Não existe um “alfabeto” oficial para criar senhas com códigos MUNGE. O que vale aqui é sua criatividade e, claro, sua memória para não esquecer as substituições feitas. Para começar, vale utilizar uma base, com símbolos e números que lembram a forma de letras:

Antes de criar seu código, comece com um alfabeto básico. (Fonte da imagem: Wikipédia)

Após você se acostumar, pode criar uma tabela própria, tornando seu código ainda mais seguro e difícil de ser descoberto.

Segurança máxima

Com o MUNGE, até senhas extremamente simples podem se tornar códigos muito difíceis de serem acertados. Procure substituir os caracteres mais fáceis, um por vez, até que toda a sequência esteja codificada.

O que era antes “baixaki123”, por exemplo, pode virar um “8@1x@k1i2e”. Ou seja, além de ter que acertar sua senha, por mais simples que ela seja, o invasor precisa também adivinhar a troca de letras e símbolos que você utilizou!

Para isso, o ideal é fugir do óbvio até na escolha da substituição de caracteres. Ao invés de apenas trocar a letra “i” por um “1”, crie seu próprio código ao utilizar a letra “L” minúscula, que possui um formato bastante similar em várias fontes utilizadas por sites na internet.

Quando duas letras se repetem, é possível adicionar um “2” e excluir um dos toques, indicando a sequência igual. Uma só palavra pode se tornar um código secreto: “cachorro”, por exemplo, pode virar ”c@c402r0”. Para realmente surtir algum efeito, procure fazer duas modificações, no mínimo.

Não aposte todas as fichas

Apesar da facilidade em criar uma senha com a substituição a partir da tabela de códigos MUNGE, essa pode não ser a melhor forma de segurança para suas senhas. Métodos como o de força bruta, que é a descoberta por tentativa e erro de todas as sequências possíveis, podem ser bem menos eficientes nesse caso, mas ainda há metodos para que sua sequência seja descoberta da mesma forma.

Desse modo, é preferível criar uma sequência realmente aleatória, combinando símbolos, números e letras em qualquer ordem que apenas você conheça – e que não esteja presente em documentos de identificação ou outros objetos do seu cotidiano. Aí sim, dificilmente sua senha cairá em mãos erradas.

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Seja com códigos MUNGE ou outros métodos para mascarar sua senha, o importante é não compartilhá-la, buscar uma sequência longe de obviedades e, claro, que seja fácil de ser lembrada.

Invasões virtuais podem comprometer anos de jogatina ou perfis cuidadosamente montados em redes sociais. Antes de realizar um cadastro, mesmo que seja em uma página que você pouco acessa, esteja sempre atento – e coloque a segurança virtual em primeiro lugar.

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