Nos anos 90, o mercado brasileiro de TVs era dominado por fabricantes locais. Companhias como Gradiente, CCE, Sharp e Semp Toshiba disputavam a preferência dos consumidores e, graças a elas, a chamada “Zona Franca de Manaus” viveu os seus momentos mais felizes.
Entretanto, a realidade do mercado hoje é completamente diferente. A Gradiente está em processo de recuperação judicial e a CCE foi vendida à Lenovo. A Semp Toshiba, que ainda resiste, vive um mau momento e terá que diversificar os seus negócios se quiser sobreviver num futuro próximo.
Segundo reportagem da revista Exame, o novo plano da empresa é abandonar aos poucos o negócio de TVs – que hoje é o carro-chefe da companhia – e se dedicar a mercados considerados mais lucrativos, como o de eletroportáteis (o que inclui produtos como ferros de passar, panelas elétricas e aspiradores de pó).
Atualmente, a companhia mantém sua fábrica em Manaus, onde produz TVs, notebooks e tablets. O ano de 2014 terminou com um lucro de R$ 20 milhões à Semp Toshiba, valor suficiente apenas para reduzir o endividamento da empresa.
Juntando-se ao “inimigo”
“Se não é possível vencer o inimigo, junte-se a ele”, diz o ditado popular. Um dos principais responsáveis pelo insucesso da companhia brasileira é, sem dúvida, o mercado chinês. As importações de produtos com preços extremamente competitivos colocaram muitas empresas em situações delicadas.
Em outubro, a Semp Toshiba lança no Brasil sua linha de eletroportáteis, com modelos de fornos elétricos, batedeiras e aspiradores de pó
Entretanto, essa também pode ser a salvação. Em outubro, a Semp Toshiba lança no Brasil sua linha de eletroportáteis, com modelos de fornos elétricos, batedeiras e aspiradores de pó. A primeira leva de produtos será importada da China, mas a ideia no futuro é levar a fabricação deles para Manaus.
Em médio prazo, a empresa espera deixar o mercado de TVs, que atualmente está em queda e tem margens de lucro baixas para os fabricantes. Pesa em favor da linha própria de eletroportáteis a menor necessidade de inovação, a concorrência menos intensa e as margens de lucro maiores.
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