Após anos de pesquisas e problemas de segurança em aeroportos, uma nova tecnologia entra em cena para auxiliar a identificação e redução da quantidade de falsos alertas sobre dispositivos perigosos nas bagagens de passageiros dos Estados Unidos.
“Em um raio-X de uma mala, um pedaço de queijo gorgonzola é idêntico à uma banana de dinamite!”. É o que diz Keith Rogers da Universidade de Cranfield, no Reino Unido. Os aparelhos de raio-X atualmente conseguem apenas distinguir metais em uma cor, objetos orgânicos em outra e todo o resto fica num terceiro tom.
Tendo em vista este tipo de problema, o Departamento de Segurança Nacional Americano e o Home Office do Reino Unido financiaram uma pesquisa em Cranfield para desenvolver uma forma melhor de enxergar dentro da bagagem alheia. E a saída encontrada foi a visualização em 3D das malas.
Já está sendo testado o uso de 3D estereoscópico, semelhante ao sistema utilizado em projeções cinematográficas recentemente, no qual o responsável pela bagagem utiliza óculos polarizados que ajudam a ver a bagagem com nuances de volume e posições não disponíveis até então.
Segundo Nick Fox, da 3DX-Ray, “armas e facas podem ser facilmente visualizados sob qualquer ângulo, mas dispositivos explosivos muitas vezes são mais difíceis de serem corretamente identificados. Sendo assim, qualquer informação extra sobre profundidade ajuda!”.
Fonte: NewScientist
Outra abordagem interessante é a utilizada pela companhia KDEX. Ao invés de uma única fonte de imagem por raio-X, o sistema utilizado por eles conta com seis ou sete detectores, cada um fornecendo uma imagem que contribui para a visualização em três dimensões do objeto alvo.
Vale lembrar que apesar de utilizar múltiplas fontes de imagem, o sistema da KDEX requer apenas uma fonte de raios-X, então não fique preocupado: aquela cabine por onde sua mala passa no aeroporto não é uma gigantesca bomba nuclear prestes a explodir. A quantidade de material radioativo utilizado no sistema continua a mesma.
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