Telegram disponibiliza dados de milhares de usuários para a justiça dos EUA

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Confirmando alterações em suas políticas, o Telegram entregou dados de 2.253 usuários envolvidos em atividades ilícitas na plataforma às autoridades dos Estados Unidos em 2024, conforme revelou o site 404 Media na segunda-feira (6). O número representa um aumento considerável em relação aos anos anteriores.

O compartilhamento das informações é referente a 900 solicitações feitas pelo governo americano entre janeiro e dezembro de 2024. No entanto, a maioria delas foi processada pela empresa após a prisão do CEO do app de mensagens, Pavel Durov, em agosto, como detalha o relatório.

Pavel Durov prometeu fechar o cerco contra as práticas ilícitas no Telegram após sair da prisão. (Imagem: Getty Images/Reprodução)  Getty Images/Reprodução Pavel Durov prometeu fechar o cerco contra as práticas ilícitas no Telegram após sair da prisão. (Imagem: Getty Images/Reprodução)

Acusado por autoridades francesas de não tomar providências para evitar a proliferação de práticas criminosas na plataforma, o executivo foi detido em um aeroporto próximo a Paris. Liberado sob fiança, Durov anunciou, na ocasião, que iria implantar mudanças nas políticas do serviço para aumentar a segurança dos usuários.

Segundo a reportagem, o Telegram havia atendido apenas 14 solicitações das autoridades americanas até o dia 30 de setembro do ano passado, disponibilizando números de telefone e o endereço IP de 108 usuários supostamente envolvidos com terrorismo. Todas as demais aconteceram após esta data.

Crimes cibernéticos e outras atividades ilícitas

Anteriormente, o app de mensagens atendia, prioritariamente, as solicitações envolvendo suspeitas de terrorismo na plataforma. Mas a partir das alterações nas regras, a empresa passou a disponibilizar dados de usuários acusados de crimes cibernéticos, fraudes online e vendas de produtos ilegais, entre outros atos ilícitos.

Com isso, grupos associados ao cibercrime abandonaram o mensageiro que era conhecido por apresentar práticas de moderação de conteúdo leves, migrando para outros serviços mais maleáveis. Mesmo assim, muitos deles continuam presentes no app, conforme a plataforma de inteligência de ameaças cibernéticas dos EUA (KELA).

Um novo relatório de transparência do Telegram tem divulgação prevista para abril deste ano, quando será possível verificar, de maneira mais ampla, se as atualizações nas políticas de privacidade estão realmente surtindo os efeitos prometidos por Durov.

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