A Coreia do Norte confirmou ter testado com sucesso um novo sistema de mísseis hipersônicos de alcance intermediário que pode ser usado contra as nações inimigas na região do Oceano Pacífico, de acordo com a agência de notícias oficial do país, KCNA. Imagens do lançamento foram divulgadas na segunda-feira (6).
No comunicado, é informado que o projétil percorreu cerca de 1.500 km de distância antes de cair no mar, em uma área entre a península coreana e o Japão. Ele partiu dos arredores da cidade de Pyongyang e teria ultrapassado a velocidade do som 12 vezes, além de alcançar uma altitude máxima de 100 km.
Supervisionando o teste, o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, comentou que o sistema é capaz de conter qualquer investida dos rivais no Pacífico, garantindo a segurança do país. O mandatário também destacou que a demonstração da tecnologia não representa um plano de ação ofensiva.
De acordo com Jong-Un, trata-se de um “esforço de autodefesa” contra eventuais ataques sofridos. O chefe da Coreia do Norte ainda lembrou que o sistema de mísseis hipersônicos acelera as capacidades de defesa do país, reforçando o objetivo de se tornar uma potência militar mundial.
Críticas ao lançamento
Autoridades dos Estados Unidos e da Coreia do Sul condenaram o teste do míssil hipersônico norte-coreano, que coincidiu com a visita do secretário de estado americano, Antony Blinken, a Seul. Durante a estadia na capital sul-coreana, o diplomata conversou sobre a crise política no país e as ameaças da nação vizinha, entre outros temas.
Em coletiva de imprensa conjunta com o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Cho Tae-yul, Blinken criticou o lançamento. De acordo com ele, o teste viola as resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) relacionadas aos programas de armas da Coreia do Norte.
O representante de Washington também se mostrou preocupado com as alianças entre o país liderado por Kim Jong-Un e a Rússia para ações relacionadas à guerra contra a Ucrânia. As colaborações das duas nações para o desenvolvimento de tecnologias espacial e de satélites foram outro alvo de crítica.
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