O Ministério da Justiça e Segurança Pública revelou na quinta-feira (19) a nova versão do programa Celular Seguro. O aplicativo que ajuda vítimas de furto ou roubo de smartphones no Brasil foi repaginado e ganhou novos recursos de proteção de dados.
O recurso mais aguardado e que foi implementado é o envio de alerta que apenas faz o bloqueio da linha telefônica e das contas vinculadas às instituições parceiras, como bancos e fintechs. Dessa forma, caso o dispositivo seja recuperado, ele ainda pode ser usado novamente — nas versões anteriores, o IMEI do aparelho era desativado e impossibilitava o seu funcionamento em rede.
Outra vantagem do bloqueio parcial está na investigação policial, já que agentes podem rastrear o dispositivo quando um novo chip for vinculado a ele. Se o usuário quiser, entretanto, ainda será possível solicitar o bloqueio do IMEI pelo aplicativo.
Disponível de graça para Android e iOS, o Celular Seguro ganhou também uma nova identidade visual que deve deixá-lo ainda mais intuitivo para cadastro e uso.
O que mais vai mudar no Celular Seguro?
Fora o bloqueio parcial, o governo determinou que as operadoras de telefonia agora compartilhem informações sobre a habilitação de novas linhas em aparelhos com a restrição ativada — ou seja, após um registro de perda, furto ou roubo. Esses dados são enviados para autoridades competentes, que podem recuperar os aparelhos e devolvê-los aos donos.
Nos próximos meses, o app ainda permitirá uma consulta às bases de dados de aparelhos com restrição, para que você não adquira um modelo usado de procedência duvidosa. Além disso, o usuário ainda poderá receber notificações quando novas linhas forem habilitadas em aparelhos com alertas ativados.
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As medidas fazem parte do programa de criação de um Protocolo Nacional de Recuperação de Celulares, projeto que envolve várias secretarias de segurança do país e deve gerar um padrão na atuação contra esse tipo de crime.
"As funcionalidades do novo Celular Seguro formam uma verdadeira muralha tecnológica, prevenindo os crimes de roubo e furto de aparelhos no Brasil, principalmente durante grandes eventos, como o Carnaval", defende o secretário-executivo do ministério, Manoel Carlos de Almeida Neto.
Com um mês de funcionamento, em janeiro de 2024, foram registrados 12,5 mil alertas de bloqueio. No fim do ano, o número de celulares travados após pedidos dos donos passou dos 100 mil aparelhos no Brasil.
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