Uma operação realizada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (7) teve como alvo uma organização criminosa suspeita de diversos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. O grupo teria praticado golpes contra 10 mil investidores, resultando em um prejuízo superior a R$ 260 milhões, conforme as investigações.
Segundo a corporação, as pessoas investigadas criaram uma complexa estrutura empresarial com o objetivo de captar investimentos em criptomoedas. Em seguida, elas se apropriavam do dinheiro aplicado pelas vítimas, que era transferido para o exterior por meio de corretoras de criptoativos.
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As vítimas eram atraídas pela promessa de ganhos de 10% em seus investimentos. (Imagem: Getty Images/Reprodução)Fonte: Getty Images/Reprodução
Em dúvida sobre o que estava sendo feito com os valores enviados para as aplicações na empresa de investimentos em criptomoedas e mercado Forex, que prometia rendimentos de até 10%, alguns investidores decidiram denunciar o grupo às autoridades. A desconfiança em relação à possibilidade de golpe surgiu em 2022.
Durante a Operação Profeta, a PF cumpriu um mandado de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro (RJ), Guarulhos (SP), Barueri (SP), Salto (SP) e Cajamar (SP). A justiça também determinou o sequestro de bens e valores em um montante de R$ 262 milhões.
Vítimas atraídas pela religião
Conforme os investigadores, o líder da organização criminosa usava a religião para atrair novos investidores, conseguindo conquistar a confiança das vítimas envolvidas no esquema fraudulento. Vem daí o nome da operação — Profeta — como explicou a PF.
Agora, os investigados podem responder por vários crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, incluindo apropriação indevida de valores e negociação de títulos ou valores mobiliários sem registro prévio e sem autorização da autoridade competente. Operar instituição financeira irregularmente e evasão de divisas são outras possibilidades.
O golpe também envolvia crimes como lavagem de dinheiro por meio de ativo virtual, exercício da atividade de administrador de carteira no mercado de valores mobiliários sem autorização para tal e organização criminosa transnacional.
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