Muitas pessoas acreditam que a inteligência artificial pode representar riscos para o futuro da humanidade, mas esse não parece ser o caso do especialista em segurança da informação e tecnologia, Mikko Hyppönen. Para ele, a IA não estaria interessada em interferir na vida dos humanos.
Uma das maiores autoridades do mundo em tecnologia, o finlandês abordou o assunto durante sua palestra na 10ª edição do Mind The Sec, maior evento de cibersegurança da América Latina. A apresentação do autor de best-sellers aconteceu no Transamérica Expo Center, em São Paulo, na quinta-feira (19).
Mikko Hyppönen (Crédito: divulgação / Dynamic Audiovisual Produções)
“Não acho que a IA se importa com a gente, a IA não quer saber muito o que a gente está fazendo”, afirmou Hyppönen, em referência à possibilidade de introdução de sistemas inteligentes com capacidade de superar os humanos. Para ele, o desafio está em garantir que a tecnologia seja segura e alinhada com os objetivos de quem a constrói.
Em outro momento da palestra durante o Mind The Sec, o chefe de pesquisa da WithSecure disse acreditar que a “inteligência superior” trataria as pessoas da mesma forma com que tratamos os animais. Neste caso, ele se refere a uma ferramenta de IA com maior capacidade que os humanos.
Previsões para o futuro da IA
Ao longo da apresentação, o escritor com artigos publicados no The New York Times, Scientific American e Wired, também comentou sobre o futuro da IA e suas implicações em diversos segmentos da sociedade. De acordo com o pensador, estamos vivendo atualmente o “hype da IA”.
Mas o integrante do conselho consultivo da Europol aponta que as empresas em destaque no momento, nesta área, provavelmente não estarão tão em evidência no futuro. O finlandês abordou, ainda, o sucesso da IA em segmentos como o da indústria musical, contudo prevê que a tecnologia não terá o mesmo êxito nos games e no cinema.
Por fim, Hyppönen lembrou dos grandes avanços do poder computacional, comparando os smartphones de hoje com os supercomputadores que eram notícia 20 anos atrás, e sugeriu que a IA generativa terá o mesmo destino de outras tecnologias. Ou seja, ela trará benefícios, mas será preciso saber lidar com as suas vulnerabilidades.
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