O Supremo Tribunal Federal (STF), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Polícia Federal (PF) sofreram ataques cibernéticos depois da determinação judicial de bloqueio do X no Brasil, de acordo com a Folha de S.Paulo. O escritório de advocacia da família do ministro Alexandre de Moraes também foi alvo.
Conforme revelou o jornal na última terça-feira (03), acredita-se que a técnica usada pelos autores foi o ataque de negação de serviço (DDoS), em que milhares de acessos simultâneos são direcionados a sites e servidores. Com o tráfego excessivo, os sistemas impactados podem sofrer instabilidades e ficar indisponíveis.
Os sistemas afetados teriam sido alvo de um ataque DDoS, sofrendo instabilidades e ficando fora do ar. (Imagem: Getty Images)Fonte: Getty Images/Reprodução
No STF, os ataques ocorreram na sexta-feira (30), após a determinação de que o antigo Twitter indicasse um representante legal no Brasil, deixando os sistemas fora do ar por 10 minutos. A Anatel teve problemas no mesmo dia, relatando “instabilidades momentâneas” em seus sistemas e redes.
Já os ciberataques direcionados à PF aconteceram ontem (3), com os serviços online ficando inoperantes durante alguns momentos, inclusive atrapalhando o atendimento ao público. Na mesma data, o escritório Barci de Moraes teve seu site afetado pela campanha maliciosa, passando algumas horas indisponível.
Sem maiores prejuízos
Em todos esses casos de ciberataques relacionados ao bloqueio do X no Brasil foram tomadas medidas para mitigar os impactos e restabelecer o funcionamento normal dos sistemas. A princípio, não houve vazamentos de dados em nenhum deles, com os problemas ficando restritos à indisponibilidade momentânea dos serviços online.
A partir dos relatos, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) divulgou comunicado aos gestores públicos com informações sobre ataques DDoS e recomendações para prevenir tais ações. A sugestão do órgão é para que sejam consultadas e seguidas as práticas da Agência Cibernética de Singapura.
Os casos estão sob investigação e por enquanto não há detalhes sobre a autoria dos ataques cibernéticos.
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