O empresário Kim Dotcom, mais conhecido como fundador e dono do site de compartilhamento de arquivos Megaupload, deve mesmo ser extraditado aos Estados Unidos. Caso isso aconteça, ele deve responder judicialmente a uma série de crimes no país e corre o risco de pegar uma pena de até décadas de prisão.
O caso de Dotcom só avançou nesta quinta-feira (15), após um juiz da Nova Zelândia assinar o pedido de transferência do caso para os EUA. O processo do empresário já circula nos tribunais há mais de dez anos sem uma resolução, marcado por reviravoltas e adiamentos.
Com o pedido de deportação assinado, Dotcom agora terá uma última possibilidade de recurso. Em um comunicado, ele já confirmou que vai recorrer da decisão e pretende permanecer no país da Oceania, onde mora com a esposa e o filho caçula.
Já em uma postagem na rede social X, o antigo Twitter, ele citou que "tem um plano" e que os seguidores não precisam se preocupar.
Oops ?? Don’t worry I have a plan ?? pic.twitter.com/1ow9drHcfv
— Kim Dotcom (@KimDotcom) August 15, 2024
Além de Dotcom, que segue afirmando inocência e diz não ter controle sobre as ações dos usuários no site, outros dois funcionários ligados ao projeto já tiveram o caso encerrado. Eles se declararam culpados, aceitaram um acordo e foram condenados a cerca de 30 meses de prisão na Nova Zelândia.
Empresário foi dono de um império da pirataria
Dotcom foi preso em 2012 em sua mansão na cidade de Auckland após manter por anos no ar o Megaupload. O site era um dos mais conhecidos para armazenamento de arquivos, mas também acabou direcionado para o compartilhamento de pirataria de filmes, séries, jogos, quadrinhos e outros conteúdos.
A página do antigo Megaupload.
Além de múltiplas acusações de violação de direitos autorais, ele também responde por conspiração para realizar lavagem de dinheiro e outras ilegalidades. Dotcom chegou a processar o governo da Nova Zelândia, mas a ação judicial não foi bem sucedida.
Os servidores usados pela plataforma não devem ser recuperados e vários deles já foram perdidos ou apagados. Além disso, é possível que o empresário não volte a ter acesso aos US$ 40 milhões apreendidos no caso.
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