Kaspersky dará 6 meses grátis para clientes dos EUA antes de deixar o país

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A empresa de cibersegurança Kaspersky detalhou os planos para os seus últimos meses de funcionamento nos Estados Unidos. A companhia foi proibida de atuar no país e, como consequência da ação do governo, vai deixar de fornecer soluções de segurança na região.

Em uma mensagem publicada no site estadunidense da companhia, a equipe da Kaspersky agradece a comunidade pela confiança e se diz "profundamente emocionada com as palavras bonitas e de apoio" enviadas pelo público que lamentou a saída.

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A mensagem de despedida da Kaspersky ao público dos EUA. (Imagem: Kaspersky/Divulgação)A mensagem de despedida da Kaspersky ao público dos EUA. (Imagem: Kaspersky/Divulgação)Fonte:  Kaspersky 

A carta traz ainda dicas básicas de segurança, como sempre fazer backup, cuidar com links suspeitos e proteger a identidade na internet.

Além disso, ela decidiu "retribuir" a lealdade do consumidor. Por seis meses, clientes da companhia terão acesso gratuito a uma série de ferramentas de segurança oferecidas pela marca e anteriormente cobradas via assinatura.

A Kaspersky demitirá todos os funcionários contratados nos EUA e começa a desativar a estrutura local a partir deste sábado (20). No final de setembro, os produtos da companhia na região já não podem mais ser atualizados de forma automática — o que inclui o antivírus da companhia e a sua biblioteca de ameaças, que só poderão ser complementados de forma manual, caso disponíveis.

A venda e a distribuição de produtos e serviços também está proibida, sob a acusação de que a marca representa riscos à segurança nacional. O principal argumento é o de supostos laços entre a Kaspersky e o governo da sua terra natal, a Rússia.

O banimento da Kaspersky e de outras empresas

A Kaspersky negou qualquer tipo de prática criminosa, mas decidiu que encerrar as atividades nos EUA seria a decisão estrategicamente mais viável. Em outros países, incluindo o Brasil, os serviços da Kaspersky seguem oferecidos normalmente.

Outras companhias estrangeiras encaram possíveis banimentos no país, em especial marcas e plataformas de origem chinesa — outro país de relação nada amigável com os EUA. O TikTok, por exemplo, também já teve a proibição sancionada pelo presidente Joe Biden.

Além delas, a líder do setor de drones DJI, montadoras como a BYD e a fabricante de celulares e chips Huawei também fazem parte da política do país de intensificar a aprovação de leis que limitam ou até banem marcas estrangeiras.

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