Cerca de R$ 14 milhões do governo federal foram desviados para 17 contas bancárias espalhadas pelo Brasil. A principal suspeita é que o roubo aconteceu após o acesso indevido ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), utilizado para pagar servidores públicos.
Segundo o Estadão, o dinheiro era destinado ao Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), empresa de tecnologia do governo. Contudo, o dinheiro foi encaminhado para contas bancárias registradas em nome de empresas e pessoas físicas do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Minas Gerais e da Bahia.
A invasão teria acontecido em partes, apurou a reportagem. O primeiro desvio aconteceu em 28 de março, quando foram movimentados R$ 3,8 milhões do Ministério da Gestão reservados ao Serpro para contas abertas em nomes de empresas — R$ 1 milhão para uma empresa de móveis de Campinas (SP), R$ 1 milhão para uma construtora do Rio de Janeiro e R$ 763,9 mil para uma gestora de investimentos também na capital do RJ.
A verba foi desviada em duas levas, segundo a reportagem. (Imagem: Getty Images)Fonte: GettyImages
O segundo redirecionamento de verba aconteceu em 16 de abril, deslocando R$ 10,2 milhões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também destinados ao Serpro, para 14 contas diferentes. No grupo, estão incluídas uma construtora de São Paulo, uma mineradora em Itaú de Minas (MG), uma empresa vendedora de água em Una (BA) e sete pessoas.
Nessa onda, porém, uma das transferências foi cancelada — e não se sabe se o valor foi recuperado ou perdido.
Ao longo do tempo, o comportamento suspeito foi percebido por servidores públicos. Em 8 de abril, dias depois da primeira invasão, os funcionários receberam uma mensagem suspeita em seus celulares via SMS com tentativa de roubo de dados do Siafi, mas foi só no dia seguinte que foram alertados sobre o perigo do envio.
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