Já podemos reconhecer que as ferramentas de IA generativa estão apoiando a inovação, pesquisas e, consequentemente, segue aumentando a produtividade em diversas áreas, principalmente em TI.
Recentemente a McKinsey, uma das principais empresas de consultoria do mundo, fez um teste para comprovar esse fato o qual envolveu uma simulação que contou com a participação de 40 desenvolvedores, que tiveram que concluir tarefas com e sem a ajuda da IA.
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Como resultado, os profissionais que utilizaram a inteligência artificial finalizaram as demandas de geração, documentação e otimização de códigos de forma muito mais ágil. À primeira vista, isso pode ser extremamente animador, mas junto com a alta velocidade, houve aumento dos riscos de falhas, impactando a segurança e compliance.
Nesse sentido, seria necessário maior investimento em sistemas de segurança e educação corporativa, com o intuito de evitar problemas como: violação de privacidade de dados; infrações legais e regulatórias; mau funcionamento da IA devido à adulteração de códigos maliciosos; uso de conteúdo/código copiado sem a permissão.
Equipes de TI tendem a ser exageradamente confiantes
Uma pesquisa realizada pela Kroll, empresa americana referência em soluções financeiras, também apresentou outro insight interessante sobre segurança. Em seu estudo, foram analisados 1.000 tomadores de decisão sêniores de organizações com receita entre US$ 50 milhões e US$10 bilhões e a descoberta revelou uma inconsistência preocupante entre o nível de confiança das organizações em seu próprio status de defesa cibernética e sua prontidão para alcançar a verdadeira resiliência em cibersegurança.
O estudo expôs que 37% dos entrevistados confiam que a companhia está protegida virtualmente e que a equipe de segurança é capaz de se defender contra vários tipos de ataques cibernéticos, enquanto 54% sentiram que estão com a melhor proteção possível contra esse tipo de invasão.
Porém, as organizações do estudo experimentaram em média 05 grandes incidentes de segurança cibernética em 2022.
Já a KPMG, empresa global de consultoria jurídica, trouxe um insight em sua pesquisa que pode complementar essa informação. Foram entrevistados executivos de empresas que contam com mais US$1 bilhão em receita que responderam perguntas relacionadas especificamente ao ChatGPT.
Como resultado, o estudo expôs que 65% dos entrevistados acreditam que essa ferramenta terá um impacto grande ou extremamente grande nas organizações durante os próximos três a cinco anos. Entretanto, a maioria das companhias participantes ainda estão em estágios iniciais de desenvolvimento de estratégias de gerenciamento de riscos da IA, apesar de saberem de sua importância e possíveis ameaças.
Sua empresa está pronta para lidar com segurança e Inteligência Artificial Generativa?
Destacando a urgência em cobrir os riscos de ferramentas como o ChatGPT, o NIST – Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos Estados Unidos - criou um Grupo Público de Trabalho para estudar a IA Generativa, que tem como objetivo analisar sistemas de IA capazes de gerar conteúdo e assim ajudar empresas a desenvolver e usar a inteligência artificial de forma mais assertiva.
Diversos esforços e debates estão em curso mundo afora sobre o assunto, porém quando transferimos essas pesquisas para a realidade brasileira, ficamos preocupados, pois somos o país que mais conta com dados vazados no mundo e ainda pouco se investe em segurança digital. Foram expostos mais de 112 Terabytes de dados em 2022, cerca de 43% do total mundial, segundo o Relatório do Cenário de Ameaças da Tenable.
Ainda não temos regulamentações para limitar a IA no Brasil e seu uso em mãos erradas pode ser extremamente perigoso para a execução de golpes de engenharia social, como a produção de e-mails de phishing cada vez mais difíceis de serem identificados.
Assim, a prevenção, investimento em sistemas de defesa e a educação dos funcionários, são os melhores remédios para o combate ao cibercrime.
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