De acordo com uma pesquisa realizada pela Avast, cerca de 66% dos brasileiros conhecem as senhas online de outras pessoas; o compartilhamento de senhas é algo que acontece principalmente entre casais. A companhia também informa que 73% dos entrevistados sabem a senha dos parceiros atuais e 18% sabe a senha de antigos parceiros.
Ao todo, foram entrevistados 1.021 homens e mulheres que afirmaram compartilhar dispositivos, senhas, ferramentas online, contas bancárias e até a localização com os parceiros. Do total de entrevistados, 35% afirma que foram vítimas de pessoas que acessaram suas contas e alteraram suas senhas sem nenhum consentimento.
“A pesquisa revelou que isso muitas vezes não era verificado, tanto dentro de um relacionamento quanto, mais preocupante, depois que os relacionamentos chegavam ao fim, foi divulgado em comunicado da Avast.
Entre aqueles que afirmam saber a senha dos ex-parceiros, 64% diz que ainda possui acesso à conta do Facebook dos ex-namorados — outros 64% disse que ainda acessam a conta de e-mail de trabalho dos seus antigos parceiros. Ainda em relação aos relacionamentos anteriores, 16% das pessoas afirma que podem acessar a localização atual de um ex por meio de aplicativos como o Find My Friends, que compartilha a localização do Google ou Snapchat.
O compartilhamento de senha com parceiros amorosos pode se tornar um problema real, principalmente, após o fim do relacionamento.Fonte: Getty Images
Senhas compartilhadas
“São estatísticas realmente preocupantes. Lá se foram os dias quando simplesmente devolviam-se os objetos pessoais e as chaves da porta um do outro, quando um relacionamento terminava. Embora saibamos que as pessoas compartilham senhas e dispositivos com um parceiro, pode haver um lado muito sombrio nesse tipo de comportamento – principalmente quando as mulheres são coagidas a compartilhar as suas senhas", disse o gerente regional para América Latina da Avast, Javier Rincón.
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Em comunicado oficial, a Avast afirma que a pesquisa foi realizada pela empresa norte-americana Dynata, entrevistando mais de mil brasileiros entre os dias 26 de agosto e 7 de setembro de 2022.
De acordo com o diretor de inteligência de ameaças da Avast, Michal Salát, é esperado que 2023 seja um ano repleto de invasões nas redes sociais. A companhia prevê que aconteçam diversos golpes, principalmente em ataques de phishing, por meio de aplicativos de mensagens e em ligações — no caso das ligações, os criminosos usam engenharia social para enganar as pessoas.
De qualquer forma, a companhia afirma que o ano deve ser marcado por problemas relacionados ao ransoware, quando golpistas requisitam dinheiro para devolver dados roubados.
“Isso coloca em risco as informações pessoais das pessoas e representa um duplo risco às empresas: tanto a perda de arquivos confidenciais, quanto a violação de dados podem ter consequências graves para os seus negócios e a sua reputação”, diz Salát.
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