O TikTok admitiu, através de um e-mail interno, espionar jornalistas. O próprio aplicativo foi usado para rastrear as fontes dos jornalistas, na tentativa da empresa de descobrir vazamentos. Quatro funcionários foram demitidos, segundo a ByteDance.
Os empregados da controladora chinesa analisaram endereços de IP dos jornalistas que estavam usando o app de mídia social para descobrir se estavam no mesmo local que os funcionários suspeitos de vazar informações confidenciais. Os membros da equipe do TikTok estavam baseados tanto na China como nos Estados Unidos.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Entre os jornalistas espionados, estavam a ex-repórter do BuzzFeed Emily Baker-White e a repórter do Financial Times Cristina Criddle. A equipe do TikTok que acessou os dados dos repórteres era liderada por Chris Lepitak, auditor interno-chefe, que foi demitido, e Song Ye, gerente na China, que renunciou.
Após admitir o caso de espionagem, a ByteDance, dona do TikTok, disse que vai tomar medidas para proteger os dados dos usuários.Fonte: Shutterstock
A empresa admitiu a espionagem depois de negar categoricamente as alegações e dizer que o aplicativo nunca foi usado para “atingir” quaisquer “membros do governo dos EUA, ativistas, figuras públicas ou jornalistas”. A ByteDance afirma, agora, que a companhia está tomando medidas adicionais para proteger os dados dos usuários do TikTok.
O caso aumenta a preocupação dos Estados Unidos, que deseja banir o aplicativo chinês. Legisladores do governo de Joe Biden temem pela segurança de dados de usuários norte-americanos. Funcionários do governo devem ser proibidos de baixar e usar o TikTok nos dispositivos do estado, caso o Congresso aprove a legislação.
Fontes
Categorias