A Oracle, a dona do Java e uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, está sofrendo um processo sob a acusação de recolher dados privados de centenas de milhões de seus usuários. Além disso, a companhia estaria vendendo as informações de clientes para terceiros com rendas bilionárias.
O processo diz que a Oracle criou uma verdadeira rede de recolhimento de dados, que consegue incluir o nome das pessoas com seus endereços, histórico de localização e de compras, posicionamento político e atividades online. A venda dessas informações geraria uma renda de até US$ 40 bilhões ao ano para a empresa.
?? ICCL's @johnnyryan is taking Oracle to court to stop their surveillance machine. https://t.co/Y6YmnKWF2L
— ICCLtweet ?????? (@ICCLtweet) August 22, 2022
Enquanto o recolhimento de dados de usuários é praxe para a maior parte das empresas de tecnologia, a companhia estaria indo longe demais. O processo alega que o nível sendo agregado pela Oracle viola diversas leis regulatórias de privacidade, não apenas no estado da Califórnia, mas também leis federais.
Como tudo começou
O processo está sendo movido por Johnny Ryan, ex-funcionário do Brave e atual operário no Irish Council for Civil Liberties (ICCL). Como base de sua acusação, ele usa um vídeo que já tem oito anos, mas que mostra Larry Ellison, fundador e um dos líderes da Oracle, se gabando da quantidade de dados que a empresa tem de seus usuários.
"É uma combinação de olhar em tempo real para toda a atividade social deles (os usuários), olhar em tempo real onde eles estão, incluindo micro-localizações - e isso está assustando os advogados, que estão sacudindo suas cabeças e cobrindo seus olhos com as mãos - e saber quanto tempo você passa num corredor específico de uma loja específica, e o que há aquele corredor de uma loja", diz Ellison no momento 1:15:30 do vídeo.
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