A Polícia Militar de São Paulo prendeu, nesta terça-feira (9), sete pessoas acusadas de fazer parte da “Quadrilha do Pix”, que aplicava golpes com o objetivo de roubar dinheiro das vítimas aproveitando as facilidades da ferramenta de pagamentos instantâneos. Elas foram detidas na região de Pirituba, na zona norte da capital paulista.
Para atrair os alvos, geralmente homens, o grupo utilizava fotos de uma menina de 13 anos que tinha perfil falso em um aplicativo de relacionamento, no qual se passava por uma mulher maior de idade. A conta fraudulenta era usada para marcar encontros com pessoas que se interessavam pela garota, de acordo com informações do G1.
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Chegando ao local do falso encontro, as vítimas eram sequestradas e obrigadas a fornecer os dados de suas contas bancárias, para a realização de transferências via Pix. No cativeiro, os policiais encontraram dois homens que estavam sendo mantidos ali há mais de 24 horas.
As vítimas acreditavam que iriam se encontrar com uma mulher maior de idade, segundo a PM.Fonte: Unsplash
A PM chegou ao local que funcionava como base da Quadrilha do Pix após a denúncia feita pelo amigo de um dos homens mantidos em cárcere privado. As duas vítimas enganadas pelo grupo haviam sido agredidas e tiveram dinheiro roubado de suas contas.
Golpes crescem 350%
Na casa que funcionava como cativeiro, localizada no Jardim Rincão, a polícia prendeu o grupo suspeito de participar dos crimes, incluindo cinco homens, uma mulher e a adolescente cujas fotos eram utilizadas no golpe. Uma arma falsa, usada para ameaçar as vítimas, também foi apreendida.
Golpes bancários devem chegar a R$ 2,5 bilhões em 2022, 70% via Pix
Golpes do PIX realizados de diferentes maneiras, como este que acaba de ser descoberto, cresceram mais de 350% nos meses de abril e maio, de acordo com dados da empresa de cibersegurança PSafe. O levantamento aponta cerca de 7 mil tentativas de fraude por dia, no período, deixando os usuários da ferramenta em alerta.
Uma das fraudes que ganhou destaque recente, envolvendo a funcionalidade lançada em novembro de 2020 pelo Banco Central, é o “Urubu do PIX”. A campanha maliciosa, envolvendo transferências via WhatsApp, promete multiplicar os valores enviados pelas vítimas, uma oferta lucrativa e que enganou muitas pessoas nas redes sociais.
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