Uma estimativa dos bancos brasileiros para 2022 prevê que, até o final do ano, o total de golpes no sistema financeiro nacional deverá atingir a cifra de R$ 2,5 bilhões. Divulgado no domingo (7) pelo jornal Estado de S. Paulo, o documento afirma que 70% do montante – ou cerca de R$ 1,8 bilhão – venha de operações feitas no Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC).
De acordo com a publicação paulista, fontes do sistema financeiro ponderam que o valor, atribuído com base nos dados obtidos até junho – R$ 1,7 bilhão, sendo R$ 900 milhões via Pix –, possa estar subestimado. Afinal, não existe um relatório oficial consolidados sobre esses golpes, e uma grande parte deles nem é reportada aos bancos pelas vítimas.
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Fonte: Karolina Grabowska/Pexels/Reprodução.Fonte: Karolina Grabowska/Pexels
Como funcionam os golpes do Pix?
Além do phishing, a “pescagem” de dados da internet por hackers, um golpe que, segundo a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), cresceu 165% durante a pandemia foi a chamada “engenharia social”. Nesse tipo de fraude, o golpista consegue manipular psicologicamente a vítima que, de forma descuidada, fornece suas informações confidenciais, como senhas de contas e cartões.
Embora possa parecer pouco provável que a própria vítima forneça seus dados sigilosos para os criminosos, um em cada três brasileiros já sofreu uma tentativa de golpe desse tipo em 2022, segundo a organização representante dos bancos brasileiros.
Como grande parte desses ataques é feita através do Pix, a Febraban deverá levar ao Banco Central uma sugestão de limitar o valor unitário das transações no meio de pagamentos a R$ 500. Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, entende que a solução passa por coibir a abertura de "contas laranjas", com documentos de outras pessoas, afirmou em audiência na Câmara dos Deputados.
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