Um dos maiores vazamentos de dados de todos os tempos, a suposta invasão de arquivos da polícia de Xangai, está sendo rapidamente censurado pelas autoridades chinesas nas mídias sociais. De acordo com o Financial Times, um hacker anônimo anunciou as informações pessoais de mais de 1 bilhão de cidadãos chineses em um fórum online de crimes cibernéticos.
Uma divulgação parcial, feita no final de junho, esclarecia que o arquivo completo – que está sendo vendido por 10 bitcoins (pouco mais de R$ 1 milhão) – contém vários terabytes de detalhes, inclusive nomes, endereços, identidades, números de telefone e antecedentes criminais.
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Como as notícias sobre o megavazamento estão sendo censuradas?
Na segunda-feira (4), tanto a rede de microblog Weibo como a plataforma de mensagens instantâneas WeChat da Tencent começaram a censurar abertamente o tópico. Além disso, hashtags como envolvendo o vazamento de dados foram bloqueadas no Twitter.
Além dos bloqueios nas redes sociais, os censores começaram também a “convidar alguns donos de contas” – segundo uma usuária com 27 mil seguidores – para discutir a postagem. Um popular blogueiro do WeChat conhecido como “JohnDoes adora estudar” também foi obrigado a remover um post no qual detalhava as implicações da gigantesca violação de dados.
Até mesmo o maior mecanismo de buscas da internet chinesa – o Baidu – passou a exibir poucos ou nenhum tópico sobre o assunto "proibido". Todos os links até então existentes sobre discussões a respeito do hack em Zhihu estão inacessíveis hoje (5), segundo o Financial Times. A Administração do Ciberespaço da China (CAC) e o governo de Xangai não responderam aos pedidos de esclarecimentos feitos pela publicação londrina
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