De acordo com uma pesquisa realizada pela Kaspersky, cerca de 25% dos brasileiros são ou foram vítimas de perseguição abusiva por meio de dispositivos tecnológicos e 52% das vítimas de relacionamentos abusivos também sofrem com espionagem digital. Os dados da pesquisa “Stalking online em relacionamentos” foram publicados nesta segunda-feira (30).
Em relação aos brasileiros perseguidos, há um equilíbrio entre gênero, mas a violência e abuso são mais recorrentes com as mulheres. O estudo revela que os programas espiões são responsáveis pelo tipo de perseguição e vigilância abusiva online — elas são vigiadas sem dar consentimento para os abusadores.
Os tipos mais comuns de violência em relacionamentos são abuso e violência psicológica (83%), agressão física (37%), abuso econômico (36%) e abuso sexual (24%). Enquanto 32% das mulheres afirmaram que sofreram abusos, apenas 15% dos homens afirmam passar por situações semelhantes — a média brasileira é de 24%.
Cerca de 30% dos participantes acha correto monitorar o parceiro sem o consentimento deleFonte: Kaspersky
Mais segurança
“A perseguição compulsiva feita com um programa de monitoramento é mais uma manifestação de uma cultura que confunde relação amorosa com pose e controle. Infelizmente, esse comportamento está presente no ser humano, seja homem ou mulher, mas por diversas questões culturais, ele se apresenta mais agressivo quando a possessão é feita por um homem com uma mulher”, disse a presidente da Associação Artemis, Raquel Marques.
Conforme revelado pela Kaspersky, a pesquisa foi realizada pela empresa Sapio em setembro de 2021 e selecionou 21 mil participantes de 21 países diferentes, entre eles o Brasil. O estudo foi realizado por conta da Coalização Contra o Stalkerware, uma organização cofundada pela Kaspersky para divulgar informações e combater a ameaça digital.
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