Um golpe descrito pelo G1 na segunda-feira (24) pode representar uma ameaça para os 42 milhões de trabalhadores que têm direito ao saque extraordinário do FGTS autorizado pelo governo federal. Os criminosos estão usando dados pessoais dos titulares das contas para acessar o aplicativo Caixa Tem.
Para se apropriar dos valores de até R$ 1 mil do FGTS disponibilizados, os golpistas se aproveitam do processo de transferência automática do dinheiro – feita pelo app Caixa Tem – para uma conta que pode ser movimentada livremente pelos beneficiários.
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Como as pessoas não precisam ir pessoalmente às agências da Caixa, o que não deixa de ser uma conveniência, os ladrões usam dados do cidadão disponíveis na internet, principalmente depois dos megavazamentos ocorridos no ano passado, para acessar a conta e sacar o dinheiro.
Como os cibercriminosos conseguem sacar o FGTS das vítimas?
Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte: Shutterstock
De posse de informações autênticas do trabalhador, obtidas na internet, os cibercriminosos abrem o app da Caixa e inserem os dados principais: nome e CPF. A partir daí, eles complementam o cadastro, com e-mail e celular aleatórios. Outras vezes, os golpistas executam ações de phishing, conseguindo os dados faltantes diretamente com as vítimas.
Além de ser um crime que deixa poucos rastros, a maioria das vítimas é roubada sem perceber, e só vai dar conta do seu prejuízo ao tentar sacar o seu dinheiro e descobrir que não há nada na conta.
Questionada pelo Jornal Nacional, a Caixa explicou que as informações suspeitas de fraude são sigilosas e repassadas apenas aos beneficiários e à Polícia Federal. No e-mail encaminhado à emissora, a instituição alerta que, em caso de movimentações suspeitas, os clientes devem solicitar a contestação em qualquer agência da Caixa apresentando documentos.
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