Um homem suspeito de aplicar golpes que resultaram no roubo de pelo menos US$ 70 milhões em criptomoedas foi preso nos Estados Unidos, na terça-feira (8). O valor, equivalente a R$ 351 milhões pela cotação do dia, é resultado de fraudes aplicadas em cerca de 8 mil pessoas, de várias nacionalidades.
De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ), o empresário John Albert Loar Barksdale oferecia investimentos com o token Ormeus Coin (ORME). A promessa era de lucros mensais de US$ 5 milhões (R$ 25 milhões), que seriam divididos entre os investidores.
Para atrair mais vítimas, o acusado afirmava representar um centro de mineração de criptomoedas de US$ 250 milhões (R$ 1,2 bilhão) que nunca existiu, segundo o órgão. Além disso, ele dizia que o negócio era uma das maiores operações do tipo no mundo, chegando até a divulgar o esquema em telões na Times Square, em Nova York.
A fraude teria iniciado em 2017, quando a criptomoeda ORME era vendida por US$ 5 (R$ 25), e sido mantida até outubro de 2021, segundo as autoridades americanas, enganando milhares de investidores. O token usado pelo golpista está bastante desvalorizado atualmente, sendo cotado hoje (11) a R$ 0,01, conforme o CoinMarketCap.
Quantia roubada pode ser maior
Além do DoJ, o suspeito de aplicar golpes com a criptomoeda ORME também está na mira da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), que pode abrir processo contra ele. Curiosamente, os números divulgados pelo regulador são diferentes dos relatados pelo Departamento de Justiça.
Segundo a SEC, Barksdale e sua irmã, que teria participado da fraude, roubaram US$ 124 milhões (R$ 622 milhões) em criptoativos de mais de 20 mil pessoas. O preso será julgado por fraude de valores mobiliários e outras acusações, podendo pegar até 20 anos de prisão.
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