Em um novo capítulo da “guerra cibernética” contra a Rússia, o Anonymous afirmou no domingo (6) ter invadido pelo menos dois serviços de streaming e alguns canais de TV do país, para exibir imagens da guerra na Ucrânia à população. O objetivo do ataque cibernético seria combater a propaganda feita nas emissoras locais pelo governo de Vladimir Putin.
De acordo com mensagens divulgadas no Twitter por perfis ligados ao coletivo de hackers, a campanha virtual teve como alvos as plataformas de streaming Wink e Ivi, além dos canais de TV Rússia 24, Channel One e Moscou 24. O tweet (veja abaixo) é acompanhado de um vídeo que mostra a invasão cibernética.
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Em vez da programação normal, os serviços e as emissoras hackeadas exibiram imagens dos conflitos, incluindo cenas de ataques às cidades ucranianas, principalmente a capital, Kiev, e Kharkiv. Ao final do vídeo, são mostradas mensagens antiguerra na tela.
JUST IN: The hacking collective #Anonymous today hacked into the Russian streaming services Wink and Ivi (like Netflix) and live TV channels Russia 24, Channel One, Moscow 24 to broadcast war footage from #Ukraine. #TangoDown #OpRussia pic.twitter.com/2V8opv7Dg9
— Anonymous TV ???? (@YourAnonTV) March 6, 2022
Nelas, o Anonymous diz que “os russos comuns são contra a guerra” e pede à população que se oponha às ações que ocorrem a mando do Kremlin. Conforme a imprensa internacional, os canais e os serviços de streaming invadidos pelo grupo já voltaram a exibir a programação regular.
Sites oficiais e Roscosmos também foram alvo
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, o Anonymous está em uma guerra virtual declarada contra Moscou. Diversas ofensivas digitais foram lançadas pelo grupo a partir da data, como ciberataques direcionados a sites oficiais do país.
As páginas do Ministério da Defesa e do Kremlin foram algumas das que ficaram fora do ar temporariamente. O coletivo chegou ainda a vazar informações do serviço federal de segurança russo (FSB), em meio às quais estaria um suposto plano para matar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Outro alvo dos ataques foi a agência espacial Roscosmos, com o grupo afirmando ter bloqueado satélites espiões russos, enquanto o órgão nega o ataque.