Nesta segunda-feira (28), o grupo de ativistas Anonymous reivindicou a responsabilidade por uma série de ataques cibernéticos em vários veículos russos de comunicação, incluindo agências de notícias estatais, onde foram exibidas mensagens pedindo o fim da invasão na Ucrânia.
A sequência de ações foi iniciada na última quinta-feira (24) contra páginas da emissora de televisão pública russa RT, antiga “Russia Today”. No sábado, sites do Kremlin de Moscovo, Duma (Câmara Baixa do Parlamento) e do Ministério de Defesa foram bloqueados, exibindo a mensagem de “negação de serviço” (DDoS) e impossibilitando o acesso.
Algumas das mensagens dispostas nos sites diziam: “Dentro de alguns anos, viveremos como na Coreia do Norte. Por que precisamos disso? Para que Putin acabe nos livros de história? Não é nossa guerra, vamos detê-la!”.
O exército russo invadiu a Ucrânia no dia 24 de fevereiro de 2022 (Fonte: Pexels/Reprodução)Fonte: Pexels
Outra mensagem criticava a “indiferença” dos jornalistas dos veículos citados em relação à invasão russa, dizendo: “Esta mensagem será suprimida, e alguns de nós serão demitidos, talvez presos. Mas não aguentamos mais”.
Segundo relatório da NetBlocks, organização especializada no monitoramento da internet ao redor do mundo, também foi identificada lentidão de acesso nas páginas das principais operadoras de telefonia do país.
Guerra Digital
Além de servir como protesto, os ataques coordenados por grupos afiliados ao Anonymous são uma espécie de contra-ataque na guerra digital iniciada pela Rússia. Desde o início da ofensiva de Vladimir Putin, a Ucrânia está sofrendo com ataques de hackers.
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