O Google anunciou, nesta quarta-feira (16), o lançamento do Privacy Sandbox para o Android. De acordo com a empresa, o objetivo é trazer mais privacidade para os usuários em relação aos dados que são coletados para as propagandas que são feitas no sistema operacional móvel.
“Essas soluções limitarão o compartilhamento de dados do usuário com terceiros e operarão sem identificadores entre aplicativos, incluindo ID de publicidade. Também estamos explorando tecnologias que reduzem o potencial de coleta secreta de dados, incluindo formas mais seguras de integração de aplicativos com SDKs de publicidade”, explica um trecho do comunicado divulgado no blog oficial da empresa.
De acordo com a companhia, o programa foi pensado para aliar a segurança das informações privadas das pessoas e na manutenção das propagandas, que servem para garantir que os serviços do Google sejam gratuitos para o público.
No Android, o Privacy Sandbox, que já está disponível em softwares como o Chrome, permitirá que os usuários de dispositivos móveis e desenvolvedores saibam como as informações estão sendo protegidas.
A empresa não deu uma data exata de quando as novas soluções de privacidade para o sistema operacional estarão disponíveis. Apesar disso, a gigante da tecnologia informou que “planeja oferecer suporte aos recursos existentes da plataforma de anúncios por pelo menos dois anos”.
Cutucada na Apple
O Google deu uma leve “cutucada” na Apple. Sem citar o nome da Maçã, o comunicado pontua que outras plataformas adotaram uma abordagem diferente à privacidade nos anúncios e propagandas, restringindo “sem rodeios as tecnologias existentes usadas por desenvolvedores e anunciantes”.
A marca de Mountain View disse acreditar que essas “abordagens podem ser ineficazes e levar a resultados piores para a privacidade dos usuários e empresas”. Por isso, o Google defende que é preciso achar um “caminho alternativo”.
A “abordagem ineficaz” citada pelo Google é a Transparência de Rastreamento de Aplicativos (ATT), nova política de privacidade anunciada pela Apple no final de 2020. Apesar de teoricamente dar mais autonomia para os usuários, que podem escolher ou não serem rastreados por apps e serviços, a iniciativa do iOS 14.5 trouxe problemas bilionários principalmente para redes sociais.
Em novembro de 2021, o prejuízo do ATT para o Twitter, YouTube, Snapchat e Facebook chegava à casa dos US$ 9,85 bilhões. Para se defender da medida, a empresa de Mark Zuckerberg chegou a comprar uma página de um jornal para publicar uma crítica ao ATT da Apple.
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