Considerada muitas vezes como um lugar inóspito para pessoas e animais, a fronteira dos Estados Unidos com o México está recebendo um reforço nas tarefas de vigilância desenvolvidas pelo Departamento de Segurança Interna (DHS). São os cães robôs, máquinas quadrúpedes construídas pela empresa Ghost Robotics, da Filadélfia, cujo representante na fronteira é Ghost Vision 60, de 76 cm de altura, 32 kg e autonomia de 12 km com uma carga.
Em uma postagem feita na terça-feira (1º) no blog do DHS, a gerente de programa do departamento de pesquisa e desenvolvimento, Brenda Long, chama os novos patrulheiros de Veículos Automatizados de Vigilância Terrestre (ou AGSVs na sigla em inglês). Para ela, a vantagem desses equipamentos é que eles podem navegar de forma autônoma ou manual, e carregar diferentes cargas, desde câmeras térmicas e de visão noturna, até armas.
A postagem no blog não faz alusão à utilização desse tipo de carga útil pelo DHS, explicando apenas que as máquinas foram testadas para “serviços de sentinela” ao ar livre, patrulhando de maneira autônoma diversos locais de referência predefinidos pelo GPS. Eles também carregaram câmeras e sensores de vigilância em inspeções de vagões de trem parados em pátios ferroviários, e exploraram edifícios residenciais, com uma "recepção hostil".
Por que usar cães robô na fronteira?
Fonte: Ghost Robotics/Divulgação.Fonte: Ghost Robotics
O grande diferencial revelado pelos cães robôs ao executar todas essas tarefas foi a sua adaptabilidade, pois, ao contrário de máquinas com esteiras ou rodas, os "bichos mecânicos" conseguem transitar em qualquer tipo de ambiente que os humanos transitam, como degraus, escadas, aclives íngremes e terrenos rochosos.
Por enquanto, a grande limitação, a exemplo do que ocorre também com o similar Spot, o cão robô da Boston Dynamics, é a vida útil da bateria e o comportamento por vezes errático durante os exercícios militares, com sucessivas quedas "sem motivo aparente".
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