Um novo golpe que divulga o suposto lançamento da “criptomoeda da Amazon” tem feito vítimas em vários países, que tiveram suas moedas digitais roubadas. A Akamai Technologies divulgou detalhes sobre o mecanismo da fraude na quinta-feira (20).
Na campanha maliciosa, os criminosos virtuais ofereciam uma oportunidade única de comprar o “token da Amazon” em pré-venda, com desconto. Eles divulgaram a suposta moeda digital da gigante varejista nas redes sociais, atraindo interessados que eram direcionados a um site fraudulento, se clicassem no link da postagem.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Ao entrar na página, as vítimas visualizavam uma notícia falsa sobre o lançamento do “Amazon token”, que sumia em menos de 30 segundos. Na sequência, os visitantes eram redirecionados a um site no qual poderiam comprar o criptoativo em condições especiais, caso preenchessem um cadastro.
Página falsa divulga o suposto lançamento da criptomoeda da Amazon.Fonte: Akamai Technologies/Reprodução
Para incentivar o internauta a comprar, a página exibia uma barra de progresso falsa, indicando que o token estava prestes a se esgotar. Os cibercriminosos ofereciam ainda uma espécie de recompensa para quem indicasse amigos e familiares interessados em comprar o produto inexistente.
Criptomoedas legítimas por token falso
A parte final do golpe era a troca de criptomoedas legítimas por um token inexistente, já que a Amazon não lançou nenhuma moeda digital, pelo menos por enquanto (há apenas rumores sobre o assunto). Para comprar o falso criptoativo, a vítima podia usar Bitcoin, Ethereum e outras opções.
O dinheiro transferido foi parar nas carteiras digitais dos cibercriminosos e não pode ser recuperado. Estima-se que a fraude tenha gerado pelo menos US$ 100 mil de prejuízo para os compradores, o equivalente a mais de R$ 540 mil pela cotação do dia.
De acordo com os especialistas, o golpe do Amazon token fez vítimas na América do Norte, América do Sul e Ásia, principalmente. A maioria delas (98%) usava dispositivos móveis ao clicar no anúncio falso.
Categorias