O WhatsApp forneceu dados de uso de telefones de sete pessoas na China e Macau, atendendo a um pedido da Drug Enforcement Administration (DEA), de acordo com informações divulgadas pela Forbes. A vigilância foi solicitada com base no Pen Register Act, que permite o monitoramento sem uma justificativa ou provas de que os vigiados cometeram algum crime.
Um mandado de busca de novembro de 2021, divulgado recentemente, mostra que a agência dos Estados Unidos encarregada do combate ao narcotráfico sequer conhecia a identidade dos alvos. O pedido foi realizado com base nos endereços IP e os números com os quais os usuários vigiados se comunicavam.
Segundo o Pen Register Act, para pedir o monitoramento, é necessário apenas que “a informação que provavelmente será obtida é relevante para uma investigação criminal em andamento”, além de fornecer dados de identificação do agente e da agência solicitante.
A investigação provavelmente mira o tráfico de opioides para os EUA. O número de overdoses por fentanil vem aumentando entre os americanos, ajudando a desgastar as relações entre Washington e Pequim.
Colaboração do WhatsApp
Legislação dos EUA permite monitoramento sem informações sobre identidade dos alvos. (Fonte: Pixabay/E1N7E/Reprodução)Fonte: Pixabay/E1N7E/Reprodução
De acordo com a Forbes, as operações de vigilância do governo americano ultrapassam regularmente as fronteiras do país por meio da companhia. O WhatsApp já teria recebido em circunstâncias semelhantes a ordem de monitorar quatro usuários no México.
No ano passado, um documento vazado do Federal Bureau of Investigation (FBI) mostrou que o aplicativo da Meta era um dos serviços de mensagens mais dispostos a fornecer dados às autoridades dos EUA.
Em sua página de perguntas frequentes, o aplicativo de mensagens afirma que “aprecia o trabalho das agências de aplicação da lei para garantir a segurança das pessoas em todo o mundo”. A empresa diz que está “pronta para revisar, validar e responder cuidadosamente às solicitações das agências de aplicação da lei com base na lei e nas políticas aplicáveis”.
No início de janeiro, os militares suíços proibiram o uso do WhatsApp para comunicações militares oficiais. A justificativa para a proibição é a possibilidade de autoridades americanas acessarem dados de empresas sujeitas à sua legislação.
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