Os sites do governo ucraniano saíram do ar na noite da última quinta-feira (13) após um grande ataque cibernético. Na manhã de hoje (14), os portais do Ministério das Relações Exteriores, do Gabinete de Ministros, da Política Agrária, do Conselho de Segurança e Defesa e do Ministério da Educação e Ciência continuavam instáveis.
"Como resultado de um ataque maciço, os sites do Ministério das Relações Exteriores e de várias outras agências governamentais estão temporariamente fora de serviço", anunciou um porta-voz do governo ucraniano nas redes sociais.
Em algumas das páginas alvo do ataque, os criminosos deixaram um texto em três idiomas, ucraniano, polonês e russo, afirmando que todas as informações da base de dados dos sites seriam divulgadas. "Ucranianos, tenham medo e se preparem para o pior. Todos os seus dados pessoais foram tornados públicos", dizia a mensagem.
Os serviços secretos da Ucrânia, no entanto, afirmam que não foi identificado qualquer vazamento de dados pessoais após o ataque. "Grande parte dos recursos do governo afetados foi restaurada, e os outros estarão acessíveis novamente muito em breve", afirmaram em nota. Ainda não se sabe a autoria do ataque.
Tanque russo perto da fronteira com a Ucrânia (Foto: AP/Reprodução)
Fronteira em alerta
Nos últimos anos, o governo de Kiev, capital da Ucrânia, atribui a Moscou a autoria de vários ataques cibernéticos a seus sites e sistemas. O momento é de tensão entre os dois países, uma vez que a Rússia enviou tanques e cerca de 100 mil soldados para a fronteira leste da Ucrânia.
Vladimir Putin, presidente russo, nega os rumores de uma possível invasão. Segundo o chefe de estado, "o país diz que tem o direito de mobilizar tropas onde julgar necessário dentro do seu próprio território".
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