O Information Commissioner’s Office (ICO), órgão regulador no setor de privacidade e uso de dados no Reino Unido, quer discutir com a Meta, dona do Facebook, a respeito de possíveis mecanismos de segurança para que crianças acessem plataformas do metaverso com segurança.
De acordo com o jornal The Guardian, a entidade está preocupada com a falta de controle parental e moderação, já que crianças podem usar contas próprias ou dos pais para interagir com estranhos — inclusive com dados pessoais utilizados no cadastro, o que pode ir contra a legislação local.
Reino Unido convoca Meta, dona do Facebook, para discutir segurança infantil no Metaverso.
As preocupações do órgão estão relacionadas a casos de abuso já registrados em outra plataforma anterior, o VRChat, que também utiliza um avatar em comunicação virtual. Além disso, ele considera obrigatório seguir certas regras do próprio Facebook, cuja conta é obrigatória para o login, como ter 13 anos ou mais para usar um headset do tipo.
O que dizem os envolvidos
"Estamos planejando discussões com a Meta sobre possibilidades de privacidade infantil e proteção de dados nos produtos Oculus e em serviços de Realidade Virtual. Pais e filhos que possuem preocupações sobre como suas informações são gerenciadas podem enviar suas reclamações a nós", afirmou um porta-voz do ICO.
Em dezembro de 2021, durante o lançamento ainda em fases iniciais da plataforma Horizon Worlds, foi registrado o primeiro caso de assédio contra uma pessoa no ambiente virtual.
Como quebrar a lei local contra o uso de dados de crianças pode resultar em multas de até £ 17,5 milhões (cerca de R$ 135 milhões em conversão direta de moeda), é provável que a Meta colabore para evitar preocupações futuras. Em resposta, a empresa afirmou que está confiante que vai seguir as condições para garantir experiências apropriadas com a idade de cada usuário.
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