A Apple divulgou na segunda-feira (8) o seu Relatório de Transparência Semestral que engloba todas as solicitações governamentais e privadas globais de dados, durante o período de 1º de julho a 31 de dezembro de 2020. De acordo com a Maçã, houve uma redução desses pedidos, que cobriram 83.307 dispositivos, pouco menos da metade do que o mesmo período em 2019. Do total, 77% foram atendidos.
A empresa esclarece que essas solicitações envolvem circunstâncias variadas, que vão de investigações para recuperar dispositivos perdidos ou roubados, até casos em que criminosos tenham fraudado um cartão de crédito para adquirir produtos ou serviços da Apple. Alguns desses requerimentos visam apenas preservar uma conta, restringi-la ou excluí-la, mas outros podem envolver situações emergenciais, quando há risco iminente para terceiros.
Essa queda de 80% em relação às solicitações do segundo semestre de 2019 intrigou à CNET, que considerou o fenômeno intrigante quando se leva em conta que o período abrangeu a turbulenta eleição presidencial norte-americana. Durante aquele período, afirma a emissora, “Facebook, Twitter e YouTube, disseram que aumentaram os esforços para conter a desinformação e a disseminação de material potencialmente hackeado".
Quem fez pedidos de dados à Apple?
Fonte: Pixabay/Pexels/ReproduçãoFonte: Pixabay/Pexels
Entre os países que fizeram mais solicitações de dados de dispositivos à Apple, a Alemanha ficou em primeiro lugar, com pedidos sobre 16.819 dispositivos, contra 19.633 no mesmo período anual anterior. Já o governo chinês investigou dados de 11.372 dispositivos, um considerável aumento em relação aos 851 pedidos no segundo semestre de 2019.
Quanto aos Estados Unidos, a Apple diz ter recebido solicitações de até 24.499 contas com base na Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (FISA), cujos dados envolveram fotos de lojas, emails, contatos, calendários ou backups de dispositivos. Também o FBI enviou 499 cartas de segurança nacional para informações de assinantes, envolvendo cerca de 999 contas. Nenhuma dessas informações incluiu transações ou registros de conexões.
Na App Store, a Apple recebeu 39 solicitações sobre violações legais em 206 aplicativos. A empresa removeu todos eles.
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