Membros do grupo Anonymous afirmaram ter vazado mais de 180 GB de dados do provedor de hospedagem Epik, na segunda-feira (13). Em meio ao pacote, estariam informações de diversos sites de organizações de extrema direita, como as plataformas Parler, 8chan, Gab e Texas GOP.
Segundo o coletivo hacktivista, o conjunto de arquivos, que foi disponibilizado para download via Torrent, contém “uma década de dados da empresa”. As informações permitiriam rastrear a propriedade e o gerenciamento de redes sociais e plataformas conservadoras, como afirma o grupo.
Com isso, dados e identidades de clientes da Epik, entre outras informações confidenciais, podem parar nas mãos de ativistas, pesquisadores e quaisquer pessoas interessadas. O provedor é conhecido por atender usuários dispensados de outros serviços, devido aos conteúdos às vezes ilícitos divulgados por esses grupos.
Parte do comunicado divulgado pelo Anonymous.Fonte: The Record/Reprodução
Um dos clientes da empresa é a já citada rede social Parler, que foi banida pela Amazon, Apple e Google após a invasão do Capitólio dos Estados Unidos, no início do ano. Usada por seguidores do ex-presidente americano Donald Trump, ela também ganhou fama no Brasil, principalmente entre os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
Epik nega vazamento
Em nota enviada ao Ars Technica, um representante do provedor de hospedagem negou o vazamento. “Não temos conhecimento de nenhuma violação. Levamos a segurança dos dados de nossos clientes muito a sério e estamos investigando a alegação”, disse o porta-voz.
Após a empresa se recusar a reconhecer a violação da sua base de dados, o Anonymous realizou uma nova investida contra o site do serviço. Em resposta ao comunicado divulgado, o grupo postou uma nota cheia de sarcasmo na página de suporte da Epik, posteriormente removida pelo provedor.
Como parte do ação, o coletivo também desfigurou o site do grupo Texas GOP, cliente do provedor, que atuou na aprovação de uma nova lei antiaborto no estado do Texas (Estados Unidos).
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