Os militares dos Estados Unidos têm realizado testes com uma rede experimental de inteligência artificial (IA) capaz de “prever o futuro”. O sistema permitiria ao Pentágono identificar prováveis ações futuras de inimigos “com dias de antecedência”, conforme noticia o The Drive.
De forma similar ao filme Minority Report (2002), a ferramenta reúne dados de diversas fontes, como satélites, sensores, relatórios de inteligência e radar, entre outras. Com base nessas informações, a IA tenta antecipar os movimentos dos adversários, avaliando padrões, anomalias e tendências em meio a elas.
Intitulados "Experimentos Globais de Dominação da Informação (GIDE)", os testes apresentaram resultados promissores, conforme o chefe do Comando Norte dos EUA (NORTHCOM) Glen VanHerck. “O GIDE incorpora uma mudança fundamental na forma como usamos as informações e os dados para aumentar o espaço de decisão”, explicou.
Tom Cruise foi o protagonista de Minority Report - A Nova Lei.Fonte: IMDb/Reprodução
VanHerck, que também lidera o Comando de Defesa Aeroespacial dos EUA (NORAD), disse que o sistema pode permitir colocar em prática medidas de dissuasão antes do início de combates, evitando assim ações mais violentas. Além dos militares, o recurso atenderia aos líderes civis das agências de inteligência do país.
Acelerando a análise de dados
Todos os dados utilizados pelo GIDE já estão disponíveis atualmente para análise humana. No entanto, a ferramenta realiza o trabalho de maneira muito mais rápida, dando dias de vantagem para o Pentágono na tomada de decisões.
Disponibilizados na nuvem, os dados são verificados pelo aprendizado de máquina quase que em tempo real, detectando padrões e informando sobre sinais que mereçam atenção, de acordo com o general do NORTHCOM. No experimento mais recente, o algoritmo simulou a tomada de um local crucial com sucesso.
Em relação às preocupações de que a IA poderia tomar decisões por conta própria em determinadas situações, colocando vidas em risco, VanHerck afirmou que a ferramenta foi criada apenas para análise de dados. “Não temos máquinas para tomar decisões”, ressaltou.
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