As instituições financeiras vão precisar reforçar as defesas contra ciberataques caso permitam que os funcionários trabalhem remotamente. A preocupação foi destacada pelo Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) nesta terça-feira (13).
O órgão internacional alerta que o regime home office devido à pandemia de covid-19 abriu possibilidades para mais ataques hackers. Visto que o modelo deve se tornar comum no setor de serviços, incluindo o financeiro, os cuidados devem ser redobrados.
Mais de 200 mil ataques por semana foram registrados em abril de 2021.Fonte: Mikhail Nilov/Pexels
“A maioria das estruturas digitais não estava preparada para um cenário de trabalho remoto quase universal e a exploração de tal situação por criminosos cibernéticos”, revela o relatório do FSB entregue para ministros do G20 e bancos centrais.
Mesmo com a redução das restrições em certos países, diversas instituições financeiras vão permitir que funcionários trabalhem de casa durante alguns dias da semana. fato que preocupa bastante o órgão.
Os ciberataques (phishing, malware e ransomware) tiveram um amplo crescimento no período de um ano. Enquanto as ações hackers eram menos de 5 mil por semana em fevereiro de 2020, os casos ultrapassaram 200 mil por semana em abril de 2021.
Empresas financeiras devem ter mais cuidados com serviços terceirizados.Fonte: Brett Sayles/Pexels
Cuidados extras de segurança
“As instituições financeiras têm sido resilientes, mas devem considerar ajustes nos processos de risco cibernéticos. As companhias também precisam dar atenção ao gerenciamento de prestadores de serviços terceirizados, por exemplo, armazenamento na nuvem”, cita o FSB.
O documento também avaliou o impacto da covid-19 na estabilidade financeira. A pandemia foi o primeiro teste das regras mais rígidas implementadas pelo setor após a crise de 2008 e, segundo o órgão, a maior parte do sistema lidou bem com as adversidades.
Um novo relatório com os próximos passos para proteção das empresas financeiras será publicado em outubro. Contudo, o FSB já apresentou propostas para fortalecer a segurança dos fundos de mercado que sofreram fortes tensões em 2020.
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