JBS volta a operar após sofrer ataque de ransomware

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Imagem: BleepingComputer

A empresa brasileira JBS, maior produtora de carne bovina do mundo, informou nesta sexta-feira (4) que suas instalações globais voltaram a operar normalmente, com capacidade total de processamento, após um ataque do trojan de criptografia de dados do grupo REvil atingir seus sistemas no último final de semana.

O ataque às redes de computadores da JBS começou no domingo (30), quando as operações da empresa tiveram que ser encerradas na Austrália, Canadá e Estados Unidos, impactando os trabalhos de produção nas unidades afetadas.

De acordo com o CEO da JBS USA, André Nogueira, os cibercriminosos não conseguiram acessar os sistemas centrais do frigorífico, "o que reduziu significativamente o potencial impacto do ataque", segundo a plataforma de mercado TradeMap.

Em nota, a empresa reconheceu que a resposta rápida ao ataque, "aliada aos robustos sistemas de TI e servidores de backup criptografados, permitiram a pronta recuperação". A perda de produção se limitou ao volume de um dia, tanto na JBS quanto na sua produtora de frangos Pilgrim’s.

EUA declaram guerra aos crimes cibernéticos

Fonte: 9News/ReproduçãoFonte: 9News/ReproduçãoFonte:  9News 

As investigações do FBI revelaram que um grupo de cibercriminosos da Rússia estaria por trás do ataque. Eles teriam usado um ransomware, que sequestra o computador da vítima, e depois solicitado um resgate em dinheiro para devolver o controle aos proprietários.

É o mesmo tipo de ataque que obrigou a Colonial Pipeline a fechar o maior gasoduto dos EUA e pagar um resgate de US$ 5 milhões, o equivalente a cerca de R$ 25 milhões em conversão direta.

Após o ataque de ransomware à JBS, o secretário de imprensa do governo norte-americano Jen Psaki afirmou em uma coletiva de imprensa na quarta-feira (2) que o presidente Biden discutirá os recentes ataques com presidente russo, Vladimir Putin, na cúpula de Genebra, em 16 de junho.

Segundo a agência Reuters, a postura dos Estados Unidos em relação aos ataques de ransomware ao país será a mesma dispensada ao terrorismo, devido à capacidade de o cibercrime conseguir interromper serviços essenciais, além de impactar financeiramente atividades de interesse nacional.

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