Maior oleoduto dos EUA pagou cerca de US$ 5 milhões a hackers

A Colonial Pipeline, um dos maiores oleodutos de combustível dos EUA, supostamente pagou ao grupo hacker DarkSide cerca de US$ 5 milhões (R$ 26,3 milhões na atual conversão) pelo resgate de dados.

Na última semana, a companhia norte-americana sofreu um ataque de ransomware que interrompeu as operações por cinco dias. A ação teve um imenso impacto no abastecimento de combustível em todo o solo americano.

Postos de gasolina americanos ficaram desabastecidos durante o ataque.Fonte:  Reuters/Jonathan Drake 

Fontes da CNN, New York Times, Bloomberg e Wall Street Journal revelaram que a grande quantia foi realmente paga ao grupo hacker. Entretanto, a Colonial Pipeline se recusou a comentar o caso.

Responsável por transportar 2,5 milhões de barris de combustível por dia na Costa Leste, o oleoduto retomou as atividades em 12 de maio. O presidente americano Joe Biden garantiu que o fornecimento voltaria ao normal no último fim de semana.

Por conta da escassez, o preço médio do galão de diesel chegou a US$ 3,008 (R$ 15,87). Conforme a Automobile Association of America, esse foi o valor mais alto desde outubro de 2014.

Decisão da Colonial Pipeline vai contra o posicionamento do presidente Biden.Fonte:  Tripplaar Kristoffer/AP 

Pagamento do resgate atrapalha esforços de Biden

Devido ao aumento de ataques de ransomware durante a pandemia, Joe Biden assinou uma ordem executiva para fortalecer as defesas cibernéticas dos EUA. Tal como, o governo americano não apoia os pagamentos para resgate de dados.

Assim, a decisão da Colonial Pipeline minou completamente os recentes esforços. Além disso, diferente do prometido pelos cibercriminosos, a própria equipe do oleoduto precisou atuar na recuperação do sistema após o pagamento.

Recentemente, o grupo DarkSide realizou um ataque semelhante à Toshiba. Contudo, o vazamento foi detectado rapidamente e uma quantidade mínima de dados foi obtida pelos invasores.