O Serviço Nacional de Saúde da Irlanda sofreu um sofisticado ataque de ransomware, obrigando-o a desligar todos os sistemas de computador. Conforme o Health Service Executive (HSE), essa é uma medida de precaução para conter o problema.
Segundo a imprensa local, a agência de saúde está investigando o caso de sequestro de dados com o apoio da polícia e do governo irlandês. Especialistas em segurança cibernética também atuam em busca de uma solução.
Ataque não afetou a vacinação contra covid-19.Fonte: Clodagh Kilcoyne/Reuters
O ataque não afetou as vacinações contra covid-19 que seguirão normalmente na Irlanda. Entretanto, é esperado atrasos nos agendamentos e nas consultas médicas, visto que os profissionais de saúde realizarão atendimentos com papel e caneta.
Paul Reid, executivo-chefe da HSE, revelou que a ação dos hackers impactou os sistemas de saúde locais e nacional na manhã desta sexta-feira (14). Até o momento, não houve pedido de resgate e o serviço deve seguir em fase de contenção.
Embora as origens do malware sejam desconhecidas, um professor de um hospital em Dublin afirmou ter sofrido um ataque do ransomware Conti. Operado por humanos, a ação de “dupla extorsão” ameaça expor informações e criptografá-las.
Em 2017, o Serviço de Saúde Britânico sofreu ataque semelhante.Fonte: The Guardian/Reprodução
Crescente ameaça
A violação do HSE é o exemplo mais recente da crescente ameaça às operações vitais por grupos de hackers que pedem resgate de dados. Algo que poderia ser evitado através de ações de segurança básica de tecnologia da informação.
Em 2017, um ataque ao Serviço de Saúde Britânico resultou no cancelamento de 19 mil consultas médicas. Além disso, computadores de centenas de cirurgias foram desligados durante a invasão.
Outro caso recente foi o ataque a Colonial Pipeline, causando o fechamento de um dos maiores oleodutos dos Estados Unidos. Para recuperar o controle, a companhia pagou aos hackers cerca de US$ 5 milhões – R$ 26,4 milhões na atual conversão.
Categorias