Cibercriminosos roubaram cerca de US$ 108,3 milhões (R$ 586,37 milhões, na conversão do dia) de usuários do sistema blockchain durante o primeiro semestre de 2021. Segundo informações da empresa de análise Atlas VPN, isso representa um aumento de 46% em relação ao montante obtido no mesmo período do ano passado.
Em seu estudo, a empresa ainda destacou os meios mais utilizados para o roubo. Entre eles estão os DApps (aplicativos descentralizados construídos na rede Ethereum), carteiras de criptomoedas e contas de transação.
Cibercrimes: meios mais utilizados
Conforme observa a fonte, o alvo mais popular são os DApps, que sofreram onze violações de segurança e cinco fraudes durante os primeiros seis meses do ano, rendendo a bagatela de US$ 86 milhões (R$ 465,63 milhões) para os criminosos.
Foram reportadas, ainda, nove violações em carteiras de criptomoedas, além de uma fraude e dois casos de blackmail, o que gerou uma perda de US$ 19,3 milhões (R$ 104,50 milhões) para as vítimas. Nas contas de transação, por sua vez, foram registradas cinco fraudes no total, através dos quais os criminosos obtiveram US$ 2,9 milhões (R$ 15,70 milhões).
Mais crimes em 2021
Em 2020, foi registrada a primeira queda no número de crimes relacionados ao sistema de blockchain da década. Apesar disso, os resultados vistos em 2021 indicam uma piora no cenário que, como indicam os especialistas, tende a continuar. Somente o primeiro semestre do ano foi marcado pela ocorrência de 33 fraudes envolvendo blockchain, o que indica um aumento de 154% ano a ano, conforme a empresa Atlas VPN.
“Devido à sua natureza, os projetos de blockchain continuam a ser alvos lucrativos para os cibercriminosos porque as transações fraudulentas não podem ser revertidas como no sistema financeiro tradicional”, comentou a pesquisadora de segurança cibernética do Atlas VPN, Ruth Cizynski. “Com as criptomoedas continuando a crescer, é seguro dizer que podemos esperar que mais fraudes aconteçam até o final deste ano", concluiu.
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