Dezenas de milhares de câmeras de segurança foram hackeadas na China, o que levou à comercialização de diversos vídeos ilegais na internet mostrando a rotina — e até a intimidade — das vítimas.
Segundo o jornal South China Morning Post, os clipes são vendidos de acordo com o conteúdo: cenas "normais" em quartos de hotel, restaurante ou casas são comercializadas por 20 yuan cada, enquanto os vídeos com nudez ou até relações sexuais custam 50 yuan.
Há até mesmo a comercialização de senhas para acessar as câmeras de segurança ao vivo.
Estrutura complexa
Investigações pelas autoridades locais revelaram que os anúncios ocorrem normalmente em plataformas e redes sociais chinesas, como o mensageiro instantâneo QQ, da Tencent.
Províncias como as de Guandong, Hunan e Hubei foram as afetadas e, segundo a apuração, os vídeos "picantes" nem são os mais procurados: há quem deseje apenas espiar o dia a dia de famílias chinesas tradicionais, acompanhando a rotina de desconhecidos que não sabem que estão sendo vigiados por terceiros.
A reportagem ainda encontrou mensagens dos criminosos afirmando que há equipes inteiras "viajando pelo país e instalando câmeras onde quer que eles vão", especialmente em hoteis. Não há maiores informações sobre uma investigação em andamento para capturar os responsáveis pelas filmagens.
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