Pesquisadores de segurança encontraram diversas vacinas contra covid-19 sendo vendidas na dark web. As doses podem ser adquiridas por US$ 500 (cerca de R$ 2.745) e são enviadas diretamente para o endereço do comprador.
Surpreendentemente, é possível encontrar uma grande variedade de vacinas de forma irregular. A lista inclui imunizantes da Pfizer, Moderna, Johnson & Johnson, Sputnik, Sinopharm e AstraZeneca.
Imagem do anúncio da vacina da Johnson & Johnson na dark web.Fonte: Check Point Research/Reprodução
Os investigadores da empresa de segurança israelense Check Point Research têm monitorado as páginas da dark web relacionadas ao covid-19 desde janeiro deste ano. Então, eles relatam que as atividades triplicaram nos últimos três meses.
Não está claro se as doses vendidas são legítimas e, caso fossem, não há garantia de que os frascos foram armazenados na temperatura correta. Portanto, os “produtos” vendidos são potencialmente inúteis contra o vírus.
Na última semana, a equipe da Check Point conseguiu comprar uma dose da vacina chinesa Sinopharm de um “fornecedor”. As negociações aconteceram através do mensageiro Telegram e o vendedor garantiu que o imunizante era legítimo.
Então, o pagamento foi realizado por meio da transferência de US$ 500 para uma carteira de Bitcoin. Apesar de receberem um código de envio do FedEX, a remessa não chegou aos pesquisadores até a publicação do artigo do ARS Technica.
Cadernetas de vacinas falsificadas também são vendidas ilegalmente.Fonte: Check Point Research/Reprodução
Testes e caderneta de vacina são vendidas ilegalmente
Outro negócio "lucrativo" na dark web é a venda de carteiras de vacinação falsificadas e de resultados negativos de testes de covid-19. Segundo os pesquisadores, os documentos são oferecidos para os compradores mais do que as próprias vacinas.
Por US$ 25 – cerca de R$ 140 – é possível adquirir um exame negativo de forma ilegal. Mais difíceis de serem encontradas, as cadernetas de vacinação têm o preço médio de US$ 200 (R$ 1.100).
Esses certificados estão se tornando uma espécie de passaporte, porque permitem que pessoas transitem com mais liberdade entre os países. Algo que se tornou raro nos últimos meses devido à pandemia.
Também vale citar que nos EUA, o comprovante da vacina permite que as pessoas visitem determinados locais. Bem como, os empregadores podem exigir que os funcionários vacinados retornem ao trabalho presencial.
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