Apps chineses querem driblar novas regras de privacidade da Apple

Por André Luiz Dias Gonçalves

17/03/2021 - 02:002 min de leitura

Apps chineses querem driblar novas regras de privacidade da Apple

Fonte :  Pexels 

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A ByteDance, a Tencent e outras grandes empresas de tecnologia da China estão testando uma ferramenta que possibilita contornar as novas regras de privacidade da Apple, com o objetivo de continuar a rastrear os usuários de iPhones, conforme relatou o Financial Times nessa segunda-feira (15).

Segundo a publicação, a China Advertising Association, organização apoiada pelo governo e com mais de 2 mil membros, desenvolveu um recurso de rastreamento chamado CAID. Ele pode driblar o identificador de publicidade online IDFA da Maçã, sistema que será lançado em breve e dará ao usuário a escolha de permitir ou não ser rastreado para receber anúncios direcionados.

Proprietária do TikTok, a ByteDance teria criado um guia com 11 páginas apresentando o CAID aos desenvolvedores de apps, de acordo com o veículo, sugerindo aos anunciantes utilizar a tecnologia chinesa em substituição ao IDFA do usuário, caso ele não esteja disponível.

O TikTok é um dos apps que estariam testando a ferramenta.O TikTok é um dos apps que estariam testando a ferramenta.

O novo recurso está em fase de demonstração gratuita nos últimos meses, sendo oferecido a algumas empresas selecionadas no país, mas o seu uso em outros mercados não está descartado. Uma desenvolvedora de jogos francesa já teria sido incentivada a testá-lo, assim como empresas de publicidade estrangeiras, por meio de suas divisões chinesas.

Apple não quer abrir exceções

Em contato com o FT, a gigante de Cupertino afirmou que não concederá quaisquer conceções às empresas chinesas. “Os termos e diretrizes da App Store se aplicam igualmente a todos os desenvolvedores em todo o mundo, incluindo a Apple”, comentou a companhia.

A dona do iPhone declarou ainda que todos os proprietários devem ter a chance de permitir ou não serem rastreados. “Os aplicativos que desconsiderarem a escolha do usuário serão rejeitados”, ressaltou.

Porém, fontes ouvidas pelo jornal disseram que se a empresa agir dessa forma, poderá até ser expulsa da China, sugerindo uma possibilidade de exceção para evitar problemas maiores.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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