A ByteDance, a Tencent e outras grandes empresas de tecnologia da China estão testando uma ferramenta que possibilita contornar as novas regras de privacidade da Apple, com o objetivo de continuar a rastrear os usuários de iPhones, conforme relatou o Financial Times nessa segunda-feira (15).
Segundo a publicação, a China Advertising Association, organização apoiada pelo governo e com mais de 2 mil membros, desenvolveu um recurso de rastreamento chamado CAID. Ele pode driblar o identificador de publicidade online IDFA da Maçã, sistema que será lançado em breve e dará ao usuário a escolha de permitir ou não ser rastreado para receber anúncios direcionados.
Proprietária do TikTok, a ByteDance teria criado um guia com 11 páginas apresentando o CAID aos desenvolvedores de apps, de acordo com o veículo, sugerindo aos anunciantes utilizar a tecnologia chinesa em substituição ao IDFA do usuário, caso ele não esteja disponível.
O TikTok é um dos apps que estariam testando a ferramenta.Fonte: Pexels
O novo recurso está em fase de demonstração gratuita nos últimos meses, sendo oferecido a algumas empresas selecionadas no país, mas o seu uso em outros mercados não está descartado. Uma desenvolvedora de jogos francesa já teria sido incentivada a testá-lo, assim como empresas de publicidade estrangeiras, por meio de suas divisões chinesas.
Apple não quer abrir exceções
Em contato com o FT, a gigante de Cupertino afirmou que não concederá quaisquer conceções às empresas chinesas. “Os termos e diretrizes da App Store se aplicam igualmente a todos os desenvolvedores em todo o mundo, incluindo a Apple”, comentou a companhia.
A dona do iPhone declarou ainda que todos os proprietários devem ter a chance de permitir ou não serem rastreados. “Os aplicativos que desconsiderarem a escolha do usuário serão rejeitados”, ressaltou.
Porém, fontes ouvidas pelo jornal disseram que se a empresa agir dessa forma, poderá até ser expulsa da China, sugerindo uma possibilidade de exceção para evitar problemas maiores.
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