'Fraudes românticas' cresceram 31% durante a pandemia

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Durante a pandemia causada pela covid-19, muitas pessoas aderiram ao uso de aplicativos de relacionamento. O aumento de usuários nos sites fez o número das chamadas "fraudes românticas" - quando golpistas fingem ter interesse amoroso para enganar parceiros - crescer.

Segundo um relatório da Federal Trade Commission (FTC) dos Estados Unidos, 2020 registrou um crescimento recorde de prejuízos econômicos causados pelo aumento de casos de golpes românticos. Pelo menos 32,8 mil golpes foram relatados no ano passado, quase 31% a mais do que em 2019. As perdas com os golpes alcançaram cerca de US$ 304 milhões, aumento de quase 51% na comparação com o ano anterior.

O relatório revelou que a perda financeira de golpes românticos aumentaram em todas as faixas etárias, com pessoas de 70 anos ou mais sofrendo as maiores perdas financeiras. Já as pessoas de 40 a 69 anos foram as que mais reportaram prejuízos com esse tipo de fraude.

Golpes romanticosPelo menos 32,8 mil golpes foram relatados no ano passado, quase 31% a mais do que em 2019 (Fonte: Pexels)Fonte: Pexels

Como prevenir

No geral, os golpes acontecem da seguinte forma: o criminoso cria uma conta em aplicativos de relacionamento e se aproxima da vítima com o objetivo de criar um vínculo. Passado um tempo e com relação mais próxima, o golpista inventa uma história triste e afirma que precisará de dinheiro para poder resolver a situação. Durante a pandemia, manter o isolamento social foi a desculpa mais usada pelos criminosos para não encontrar a vítima pessoalmente. Quando conseguem o valor, desaparecem e deixam o prejuízo financeiro.

Segundo Camilo Gutiérrez Amaya, chefe do Laboratório de Pesquisa da ESET América Latina, empresa de segurança da informação, para se proteger é preciso tomar alguns cuidados extras na internet. "É importante estar sempre vigilante e atento a fotos falsas ou promessas rápidas de amor eterno. Além disso, manter os sistemas atualizados e ter uma solução de segurança nos dispositivos para evitar a entrada de malware”, afirma.

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