Lançado no final do ano passado pela Apple, o chip M1 já está na mira de hackers. Um pesquisador independente de segurança digital publicou no último domingo (14) um relatório dizendo que encontrou o que deve ser o primeiro malware desenvolvido especificamente para o novo processador.
Patric Wardle, que programa ferramentas gratuitas de segurança, disse que encontrou uma versão diferente de um adware para MacOs. A aplicação maliciosa instala uma extensão para o Safari e é uma atualização de um programa chamado “GoSearch22”.
Depois de instalado, o adware coleta dados do navegador e mostra pop-ups, cupons e banners de propaganda, segundo o site PC Risks. “Parece um adware bem simples”, disse Wardle. “O objetivo principal dele parece estar relacionado ao ganho financeiro por meio de anúncios e resultados de pesquisa”, complementou.
O navegador Safari é a porta de entrada do malware
O especialista alertou, porém, que é possível que os desenvolvedores do GoSearch22 incluam funções mais invasivas e maliciosas no futuro.
Na postagem no blog, Wardle ainda explicou que conseguiu descobrir que o malware foi desenvolvido especificamente para o M1 por causa do código “arm64”, que integra a programação do processador.
Parentesco próximo
Outro detalhe divulgado por Wardle é que a extensão maliciosa GoSearch22 é membro da família Pirrit de adwares para Mac. O malware é conhecido da comunidade por trazer dor de cabeça há vários anos.
Em 2016, o pesquisador em cibersegurança Amit Serper publicou vários relatórios sobre o Pirrit, apontando que o software não era uma ameaça nova, mas era extremamente persistente e complicado de ser removido por usuários comuns do computador.
A época em que malwares eram pouco comuns em sistemas da Apple parece ter ficado para trás
“Isso mostra que os autores do malware estão evoluindo e adaptando para acompanhar os hardwares e softwares mais recentes da Apple”, publicou Wardle.
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