O novo megavazamento de dados detectado na última quarta-feira (10) já tem um suspeito. Especialistas em cibersegurança e peritos da Polícia Federal disseram ao portal Bastidor que os dados divulgados ilegalmente provavelmente pertenciam à maior empresa de data broker do Brasil.
Resumidamente, data broker são entidades que coletam, refinam e reúnem dados de consumidores na internet para vender as informações a outras organizações privadas. Ao usar tecnologias avançadas de big data, conseguem processar centenas de petabytes por dia.
Segundo os especialistas, os dados vazados só poderiam pertencer a essa empresa - cujo nome deve ser mantido em sigilo - já que o Serasa ou as grandes empresas de telefonia não possuem tantas informações sobre pessoas e organizações. No entanto, as autoridades afirmaram ao portal que ainda não há provas que associam os arquivos vazados à entidade data broker.
Investigações
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) informou nesta quinta-feira (11) que buscará medidas para diminuir os danos causados pelo vazamento e que investigará o caso. A entidade é responsável por fiscalizar as normas previstas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo a proteção de informações pessoais e segredos comerciais no país.
Em nota, a ANPD informou que está tomando todas as providências cabíveis. "A autoridade oficiou outros órgãos, como a Polícia Federal, a empresa que noticiou o fato e as empresas envolvidas, para investigar e auxiliar na apuração e na adoção de medidas de contenção e de mitigação de riscos relacionados aos dados pessoais dos possíveis afetados. A ANPD atuará de forma diligente em relação a eventuais violações à Lei 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD), e promoverá, com os demais órgãos competentes, a responsabilização e a punição dos envolvidos".
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