A polêmica sobre a mudança dos termos de uso do WhatsApp, que pegou muitos usuários de surpresa e gerou diversas críticas ao mensageiro, chegou aos ouvidos do chefe da divisão.
Will Cathcart, que é o presidente do aplicativo e responde diretamente ao Facebook, foi entrevistado pelo jornal Folha de São Paulo e falou a respeito das alterações e da má recepção por parte do público. Sobrou até para Signal e Telegram, talvez os principais rivais atuais da plataforma em termos de mensageiros.
Inicialmente, Cathcart confirmou o adiamento das alterações para 15 de maio, em vez do prazo original de fevereiro. Segundo ele, o problema foi uma "falha de comunicação" e consequência de circulação de "um monte de informação equivocada" — acusações comuns sobre mensagens trocadas no app, mas não vindas diretamente da empresa. Ele ainda garantiu que anúncios não vão aparecer nas conversas, mas sim que o app está "descrevendo novos instrumentos para empresas" que possuem contas comerciais e usam o serviço de Business API oferecido pela gigante.
E os rivais?
Na entrevista, o rival Telegram foi criticado pelo empresário por não conter alguns recursos básicos de privacidade. "O Telegram não tem criptografia de ponta a ponta, eles mantêm uma cópia das mensagens, o que é um problema real de privacidade e segurança. E muitas pessoas usam o Telegram mais como uma rede social, com grupos muito grandes, canais muito grandes, um local onde figuras públicas querem atingir seus seguidores", afirma.
Will Cathcart.Fonte: Facebook
Cathcart ainda comenta que o WhatsApp, pela criptografia ponta-a-ponta, é mais indicado para conversas entre duas pessoas e pequenos grupos.
Em relação ao Signal, ele argumentou que o app é um pouco mais instável, até por não ter previsto tantos usuários novos, e carecer de recursos adicionais, como chamadas em vídeo. A entrevista completa pode ser conferida no site da Folha.
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