Lançado em 2009, a versão 7 do Windows ainda resiste em milhões de PCs mundo afora, mesmo depois de a Microsoft ter encerrado o suporte e o envio de atualizações em janeiro deste ano. A ajuda agora vem de qualquer lugar, principalmente quando novas falhas de segurança são descobertas, como acaba de ocorrer.
Ao usar uma ferramenta para avaliar problemas nas configurações de privilégios, o especialista em segurança Clément Labro, do site itm4n> descobriu que duas chaves do registro podem ser acessadas por qualquer utilizador.
Segundo ele, "quando executei o script atualizado em uma instalação padrão do Windows 10, nada apareceu, o que foi o resultado que eu esperava. Mas então, fiz o mesmo no Windows 7 e vi o seguinte:"
A falha possibilitaria a um invasor carregar DLLs e, consequentemente, dar ao hacker permissões para alterar o sistema em profundidade e ter acesso completo ao Windows 7. A solução não veio, obviamente, da Microsoft, mas da empresa 0patch, que fornece patchs de segurança principalmente para o setor corporativo (sem que seja preciso esperar pelas correções dos fornecedores).
A 0Patch também já lançou atualizações para outros produtos descontinuados pela Microsoft, como o pacote Office 2010.
0patch Keeps Office 2010 Secured After End-Of-Support https://t.co/p89TbBtx9B pic.twitter.com/h7PK1s7xfm
— 0patch (@0patch) November 5, 2020
Amor antigo
Mesmo a Microsoft concentrando esforços na adoção global do Windows 10, ainda existem milhões de PCs rodando a versão 7 do Windows. Algumas empresas, como a Google, prometeram manter o suporte ao sistema operacional até meados de 2021 (o próximo na lista da guilhotina será o Windows 8.1, em 2023).
Segundo dados do site NetMarketShare, 20,93% dos computadores no planeta ainda usam o Windows 7 (mais até que a versão 8.1)
Na América Latina, o quadro é semelhante. Segundo um levantamento do sistema de proteção em nuvem Kaspersky Security Network, o Brasil tem a mais alta taxa de uso da versão 7 (37%), seguido por Argentina (35%), Colômbia (33%), Peru (29%) e México (28%).
Fontes